Sines sem carvão já em janeiro de 2021. “Há uma preocupação grande” com a segurança do sistema elétrico nacional
A transição energética dominou o segundo painel do Green Economy Forum 2020, do ECO/Capital Verde. Com a saída de cena do carvão no início do ano, há preocupação em garantir o abastecimento à rede.
Janeiro de 2021 marca o fim da produção de eletricidade com base na queima do carvão na central de Sines. “Já estava a dar prejuízo e a ser antieconómico. Do ponto de vista da EDP, é a decisão mais racional e economicamente mais certa. A EDP tem colaborado com o Governo para garantir a segurança de abastecimento do sistema elétrico nacional com a saída do carvão”. Há uma preocupação grande” em garantir essa segurança na passagem para as renováveis, disse António Martins da Costa, administrador da EDP no painel sobre Transição Energética do Green Economy Forum 2020, do ECO/Capital Verde.
Assista ao painel sobre Transição Energética aqui
Em quatro anos, até 2022, a elétrica prevê investir 9 mil milhões de euros só em energias renováveis.
De acordo com o ministro do Ambiente e Ação Climática, Matos Fernandes, Portugal vai ter 80% de renováveis já em 2030. Pedro Amaral Jorge, Presidente da APREN diz que a meta é ambiciosa: “Temos previsto chegar a 28 GW de renováveis em 2030, a partir dos atuais 14,5 GW: serão 10GW de solar fotovoltaico, 9GW de eólica e mais algumas centenas de MW de eólicas offshore, entre outras”. O presidente da APREN garante que “em 2050 o gás natural já não fará parte da equação em Portugal”.
Por seu lado, Pedro Oliveira, presidente da BP Portugal, frisou no mesmo painel que “as necessidades de energia no mundo vão crescer 30% nos próximos 25 anos”, dizendo que “as petrolíferas, hoje empresas de energia integradas (porque têm um portfólio de produção cada vez mais diversificado), são o melhor exemplo da transição energética”. Hoje a BP já investe cerca de 500 milhões de dólares por ano em renováveis e vai passar para 5 mil milhões em 10 anos.
Na visão de João Marques Mendes, sócio da PLMJ, “o hidrogénio verde será importante na transição energética”, mas antes disso há um caminho a percorrer noutros setores, como sejam as concessões em baixa tensão que acontecerão finalmente no próximo ano, e poderão ou não manter-se nas mãos da EDP.
O Green Economy Forum 2020 conta com o apoio de CTT, EDP, EY, Millennium bcp, REN, Santander, SuperBock Group e Volkswagen, e poderá ser acompanhado online nos sites do ECO e Capital Verde.
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