Media Capital considera “adequada” contrapartida oferecida por Mário Ferreira

A Media Capital considerou "adequada" a contrapartida oferecida por Mário Ferreira na OPA obrigatória sobre 70% da empresa. Enquanto presidente do board, o empresário não votou a apreciação.

O Conselho de Administração da Media Capital considera que a contrapartida mínima de 67 cêntimos oferecida pela Pluris Investments por 70% do grupo “afigura-se adequada” e está “em linha com os preços praticados em transações recentes”. No entanto,sublinha que a estrutura acionista da dona da TVI “encontra-se estabilizada” e recorda que a oferta só foi lançada por obrigação da CMVM.

No final de novembro, o regulador dos mercados concluiu ter havido concertação entre a holding de Mário Ferreira e a Prisa, com exercício de influência sobre os destinos da Media Capital. A entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias obrigou então o empresário, que também é acionista do ECO, a lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre as ações do grupo que Mário Ferreira ainda não detém.

“O Conselho de Administração considera que na medida em que a oferta é lançada para dar cumprimento a uma deliberação da CMVM que tornou a operação obrigatória, a avaliação sobre a oportunidade da oferta em nada depende de qualquer entendimento que o Conselho de Administração da sociedade visada possa ter sobre o mérito da mesma”, lê-se na pronúncia divulgada aos investidores. Ainda assim, considera que a contrapartida da OPA — de um mínimo de 67 cêntimos por ação — é “adequada”.

A Media Capital está a ser avaliada por um auditor independente que fixará a contrapartida de referência para outra a outra OPA em curso, lançada pela Cofina, enquanto a OPA de Mário Ferreira terá como referência essa contrapartida, acrescida de 2%, num mínimo de 67 cêntimos por ação.

O empresário detém atualmente 30,22% da dona da TVI e é, simultaneamente, o presidente do Conselho de Administração, que agora se pronuncia. No entanto, enquanto beneficiário efetivo da oferente, não participou na votação desta pronúncia devido ao possível conflito de interesses.

Na comunicação do board, datada de 18 de dezembro, o Conselho de Administração da Media Capital refere ainda que a “oferente declara que se revê na estratégia atualmente prosseguida pela sociedade visada para os segmentos de produção audiovisual e digital, assente no desbloqueio de novos mercados, na produção de conteúdos e na promoção da digitalização dos segmentos de vídeo e áudio”.

No caso de Mário Ferreira acabar por ficar com 100% da Media Capital, o conselho de administração — liderado pelo próprio — destaca que “a oferente não deterá juridicamente qualquer participação direta ou o domínio direto no operador televisivo TVI ou sobre as várias operadoras de rádio que fazem parte do perímetro da sociedade visada”.

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