EDP recebe 113 milhões do BEI e do BPI para construir dois parques eólicos em Portugal
O BEI apoia esta operação através de um ‘empréstimo verde’, cujas características estão em linha com os requisitos do programa Obrigações de Responsabilidade Ambiental (‘Climate Awareness Bonds’).
A EDP Renováveis anunciou esta terça-feira em comunicado que vai receber um financiamento de 112 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Banco BPI para construir em Portugal dois parques eólicos com uma capacidade instalada total de 125 MW, nos distritos de Coimbra e da Guarda.
No valor de 65 milhões de euros, o empréstimo do BEI será concedido através do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) e completado com mais 47 milhões de euros do BPI.
“A EDPR vai desenvolver, construir e operar dois parques eólicos de média dimensão: Tocha II, com uma capacidade instalada de 33MW, será construído no concelho de Cantanhede, distrito de Coimbra; e o parque eólico Sincelo, com uma capacidade instalada de 92MW, estará localizado no distrito da Guarda, nos concelhos de Pinhel e Guarda, no norte do país.” disse a empresa em comunicado, acrescentando que se prevê que estes projetos criem cerca de 560 empregos durante a fase de construção.
De acordo com a EDP, o BEI apoia esta operação através de um ‘empréstimo verde’, cujas características estão em linha com os requisitos do programa Obrigações de Responsabilidade Ambiental (‘Climate Awareness Bonds’). Assim, esta operação será incluída no portefólio de empréstimos financiados através da emissão destes títulos.
“Temos o prazer de contar com o apoio do BEI para o desenvolvimento de novos projetos, que vão contribuir para a concretização dos objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima e das metas europeias, criando, ao mesmo tempo, mais de 500 empregos. Este projeto reforça o compromisso da EDP Renováveis com o setor renovável de Portugal e com a melhoria da qualidade de vida das gerações atuais e futuras, e consolida o nosso papel como líder de energias renováveis a nível mundial”, diz Rui Teixeira, CEO interino da EDP Renováveis.
“Este projeto emblemático reforça a nossa parceria com a EDP Renováveis e o compromisso do Banco na promoção da ação climática, do desenvolvimento económico e da coesão. Apoiar os objetivos de descarbonização de Portugal, ao mesmo tempo que promovemos o crescimento e a criação de emprego, é uma das principais prioridades do BEI. Se queremos tornar a recuperação económica pós-COVID verde e inclusiva, é fundamental promover o fornecimento de energia renovável e a sua ampla utilização pelo setor produtivo e pelos cidadãos”, destaca por seu lado Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do BEI, responsável pelas operações em Portugal.
“Este acordo entre o BEI e a EDPR, alicerçado no Plano de Investimento da Comissão Europeia para a Europa, é vencedor tanto para o ambiente, como para a economia. O financiamento, apoiado pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, vai gerar novos parques eólicos no oeste e norte de Portugal, ajudando o país a alcançar os seus objetivos energéticos ambiciosos e criando novo emprego no processo”, frisa Paolo Gentiloni, Comissário Europeu para a Economia.
“O BPI é, desde há muitos anos, parceiro do grupo EDP e esta operação da EDPR vem reforçar, uma vez mais, essa parceria. A adoção de critérios ESG- Environmental, Social and Governance – no lançamento de operações de investimento faz parte de uma nova tendência que terá uma relevância crescente, e muito importante, no futuro próximo. A participação nesta operação, em conjunto com o BEI – o que muito nos orgulha -, coloca o Banco BPI como uma entidade de referência no financiamento a empresas portuguesas, assente em princípios de sustentabilidade”, conclui Pedro Barreto, administrador do BPI.
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