A sócia da SRS Advogados, Alexandra Valente, contou à Advocatus como está a ser fazer carreira na firma desde os tempos de estagiária.
Alexandra Valente integrou a SRS Advogados, na altura F. Castelo Branco, Pedro Rebelo de Sousa & Associados, em 1994, e ao longo dos anos tem trilhado um caminho sempre na firma. Em 2005, ascendeu à equipa de sócios. A advogada conta com uma vasta experiência em assessorias no âmbito de operações de M&A, corporate finance e private equity, bem como reestruturações financeiras e societárias.
Com mais de 20 anos de experiência, a sócia de financeiro tem prestado aconselhamento numa multiplicidade de operações financeiras de relevo destacando-se em transações de asset finance, financiamentos estruturados, programas de EMTN e ECP/CD e emissão de títulos de dívida por bancos portugueses e grandes empresas, registo em Portugal de fundos de investimento, bem como em operações de titularização.
Alexandra Valente tem vindo a ser reconhecida pelos principais diretórios jurídicos internacionais, tais como Best Lawyers e Iberian Lawyer.
Que idade tinha quando chegou à SRS. Em que ano?
Tinha 22 anos (a dois meses de fazer 23), no ano de 1994.
Como conseguiu o estágio no escritório?
Fui convidada por um professor da faculdade para fazer uma entrevista.
E qual a primeira impressão do escritório?
Adorei! Um escritório cheio de gente nova e com ideias diferentes na época (internacionalização, especialização, institucionalização). Tínhamos uma parceria com escritórios internacionais em Inglaterra, Espanha e Brasil o que potenciava uma carreira cheia de aprendizagem e desafios.
Acho que saber aceitar e integrar o que correu menos bem é fundamental no nosso crescimento. Tenho sempre para mim que aprendemos mais com os erros que com os sucessos.
Sentiu receio, natural de uma jovem licenciada?
Receio não. Entusiasmo muito!
Como acabou por ‘ir parar’ à área em que se especializou?
Na altura os estagiários faziam um pouco de tudo e quando acabei o estágio o sócio responsável pela área de bancário/Financeiro (Pedro Rebelo de Sousa) convidou-me para integrar a equipa dele. Era uma área pouco lecionada na faculdade, pelo que se perspetivava desafiadora, e eu adoro desafios.
Nunca foi sondada para mudar de escritório? Se sim, o que a fez ficar na SRS?
Fui várias vezes sondada para mudar de escritório. A decisão de não prosseguir com nenhum convite deveu-se sobretudo (e sem ordem de importância) às perspetivas de carreira que a SRS me oferecia e ao excelente ambiente do escritório. Ganhámos vários anos prémios de “excelente lugar para se trabalhar” e todos eles merecidos. É um escritório único!
O que acha que a SRS tem de melhor ou quais as suas mais valias face a outros escritórios?
Nunca trabalhei noutros escritórios, pelo que só posso falar pela SRS. É um escritório com excelentes advogados, excelentes profissionais e com um ambiente excecional.
E a nomeação para sócia, aconteceu naturalmente? Desde quando é sócia?
Aconteceu naturalmente em 2005. Fui promovida a sócia da SRS e da, então nossa parceira inglesa, “Simmons & Simmons”.
Momento mais difícil que passou no escritório?
Nunca passei um momento verdadeiramente difícil na SRS. Mas se tiver de mencionar um momento particularmente desafiador, o momento presente. Obriga-nos a repensar e a ajustar rapidamente a estratégia do escritório, a acompanhar clientes com grandes dificuldades, a apoiar os nossos colaboradores. E a conjugar tudo isso. Mais que nunca a coesão societária é fundamental. Preocupa-ma também que este confinamento e a falta de rotina presencial no escritório frustrem as expectativas dos mais jovens e o acompanhamento que nós sócios lhes devemos na sua aprendizagem daquilo que é a advocacia.
Fui várias vezes sondada para mudar de escritório.
Momento mais gratificante?
São tantos, não consigo referir um em especial. Muitos momentos de franco reconhecimento profissional feito por clientes, muitos momentos bem passados (quer de acesa e salutar discussão sobre os rumos da SRS, quer de pura festa e diversão) com os meus sócios e colegas de escritório.
Se voltasse atrás no tempo, mudaria alguma coisa no seu percurso profissional?
Faria, talvez, uns ajustes aqui e ali, mas nada de material. Acho que saber aceitar e integrar o que correu menos bem é fundamental no nosso crescimento. Tenho sempre para mim que aprendemos mais com os erros que com os sucessos.
Tem algum mentor ou mentora/role model no escritório? Ou fora do escritório?
Dentro do escritório o Pedro Rebelo de Sousa, sem dúvida! Um líder perspicaz, galvanizador, com um sentido de humanidade, generosidade e entrega ao nosso projeto que me motiva todos os dias. Na vida, Jesus Cristo! O grande mentor de sempre!
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Como é fazer carreira na SRS? “É um escritório único”, diz Alexandra Valente
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