EDP, Galp, ANA e Prio com cartas de apoio do Governo para acesso ao financiamento no hidrogénio

Estas são as empresas que solicitaram "cartas de apoio" e que as receberam do Governo: Prio, Hyperion, Galp, EDP, Martifer, REN, Vestas, ANA Aeroportos, EU SCORES Consortium, Seawind Ocean Technology

O ministério do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, revelou esta quarta-feira numa audição na Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território que o Governo já escreveu várias cartas de recomendação para apoiar os projetos de produção de hidrogénio de várias empresas e consórcios no processo de acesso a financiamento para desenvolver e pôr os mesmos em marcha.

Estes são os projetos que solicitaram “cartas de apoio” e que as receberam das mãos do Governo: da Prio, em Aveiro, da Hyperion, em Setúbal, da Galp – Sines, o projeto H2Sines, do consórcio EDP/Galp, Martifer, REN/Vestas, em Sines, da ANA Aeroportos, no Aeroporto de Lisboa, do EU SCORES Consortium, em Viana do Castelo, e da Seawind Ocean Technology, também em Viana do Castelo.

“No que respeita ao financiamento, é fundamental os promotores apresentarem projetos ao abrigo de avisos e oportunidades já disponíveis. Por isso, analisamos os projetos tendo em conta o seu potencial enquadramento no Plano de Recuperação e Resiliência e no próximo Quadro Financeiro Plurianual. Assim, temos endereçado cartas de apoio que contribuem para o enquadramento dos projetos na estratégia nacional”, revelou Matos Fernandes no Parlamento.

Fazendo um ponto de situação sobre a Estratégia Nacional para o Hidrogénio, o ministro clarificou ainda que a candidatura portuguesa ao estatuto IPCEI da Comissão Europeia para o Hidrogénio “não foi ainda apresentada, estando em fase de preparação. Não foi atribuído qualquer financiamento no âmbito do processo IPCEI e não está definido o modelo final do projeto ou projetos nem sequer as entidades (empresas) que o integrarão, no futuro. Em resumo, não se verifica, à data, qualquer adjudicação, ou financiamento assegurado ou atribuído, ou qualquer decisão final tomada”.

O governante voltou a frisar que “a política industrial em torno do hidrogénio e dos gases renováveis não se suporta num projeto único. Tem múltiplos, autónomos ou complementares ao projeto âncora de Sines, razão pela qual foi lançado um convite à manifestação de interesse, que permitiu identificar muitos outros potenciais participantes na candidatura IPCEI”.

No hidrogénio, Matos Fernandes lembrou também que está neste momento aberto um aviso do POSEUR para apoiar projetos de investimento que visem a produção de gases de origem renovável, incluindo o hidrogénio verde, com um total de 40 milhões de euros, que estabelece um procedimento competitivo para acesso a financiamento público.

“Serão apoiados projetos de produção de gases de origem renovável, referentes ao desenvolvimento e teste de novas tecnologias, para autoconsumo e/ou para injeção na rede. Este é o ponto de situação da Estratégia do Hidrogénio. Um projeto sólido e estudado, estratégico para o nosso país”, rematou.

Estes são os sete projetos de hidrogénio que vão dar cartas em Sines, diz o ministro

  1. Uma unidade industrial de produção de eletrolisadores PEM (Proton Exchange Membrane), capaz de produzir e testar módulos de 1 MW.
  2. Projeto H2Sines, composto por uma unidade de Produção de hidrogénio verde alimentada por uma central renovável híbrida, com a ambição de atingir um mínimo capacidade de 1 GW até 2030, associado a uma unidade industrial de produção de eletrolisadores para atender às necessidades nacionais e internacionais, e um cluster de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
  3. Projeto Fusion Fuel – instalação de capacidade de produção de hidrogénio verde baseada em tecnologia própria, acompanhada de uma nova unidade industrial com capacidade de produção de equipamentos para fornecer os projetos a nível nacional e para exportação.
  4. Instalação de uma Comunidade de Energia Renovável (CER) baseada em solar fotovoltaico, para apoio ao esforço de produção de hidrogénio verde e para testagem de armazenamento e de distribuição com base em baterias.
  5. Produção, à escala industrial, de amónia verde, com base em excedentes da rede elétrica nacional, e de hidrogénio verde, para utilização no setor dos transportes de mercadorias.
  6. Produção, à escala industrial, de hidrogénio verde e metanização, incluindo captura de CO2, para utilização como combustível verde para mobilidade e para uso industrial.
  7. Construção de um data center de escala mundial, enquanto infraestrutura dedicada ao armazenamento e processamento de dados, e respetivos projetos complementares, alimentado exclusivamente por energia renovável produzida localmente, incluindo hidrogénio verde e outros gases renováveis para efeitos de armazenamento de energia.

 

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