Há mais como Bezos. Cinco outros fundadores que deixaram a cadeira do poder

Jeff Bezos vai deixar a presidência executiva da Amazon, empresa que fundou em 1994. Não é caso único: recorde outros cinco fundadores que deixaram os comandos das empresas que criaram.

O multimilionário Jeff Bezos vai deixar a presidência executiva da Amazon este ano, cedendo a liderança operacional da empresa a Andy Jassy no terceiro trimestre e permanecendo como chairman executivo, uma posição mais estratégica.

Está longe de ser o primeiro fundador de uma multinacional a sair de cena: muitos outros fizeram o mesmo, abrindo novas páginas na liderança e dedicando-se a outras atividades, como a filantropia. O ECO recorda alguns.

Bill Gates, Microsoft

Bill Gates, cofundador da Microsoft.World Economic Forum

Cofundador da Microsoft com Paul Allen em 1975, Bill Gates deixou a liderança da gigante em 2000, posição então assumida por Steve Ballmer. Transformou o grupo num colosso do software e deu a cara pelo mesmo quando este foi acusado de abuso de posição dominante nos EUA nos anos 90.

No ano passado, saiu definitivamente do Conselho de Administração da Microsoft. Atualmente, encabeça a fundação Bill and Melinda Gates com a esposa, dedicando-se exclusivamente à filantropia. Continua a ser um dos maiores acionistas da multinacional, controlando uma posição de cerca de 1,36%. Tem 65 anos.

Jack Ma, Alibaba

Jack Ma, cofundador da Alibaba.World Economic Forum / Ciaran McCrickard

Fundou aquela que é hoje uma das maiores empresas chinesas, o grupo Alibaba, concorrente asiática da Amazon. Foi em 1999. Duas décadas depois, em setembro de 2019, Jack Ma anunciou estar de saída: “Ainda sou novo, quero experimentar coisas novas”, disse, já nessa altura um dos homens mais ricos da Ásia. O cargo foi ocupado por Daniel Zhang.

Mesmo saindo de cena, Jack Ma, com 56 anos, está agora, mais do que nunca, nas páginas dos jornais: arriscou criticar o sistema bancário chinês numa conferência e, pouco depois, as autoridades travaram a entrada em bolsa de outra das suas empresas, a Ant Financial. Tem navegado fora do alcance dos radares desde então.

Travis Kalanick, Uber

Travis Kalanick, cofundador da Uber.Wikimedia Commons

Empreendedor com raízes em Silicon Valley, Travis Kalanick, 44 anos, ficou conhecido por ser um dos fundadores da Uber, empresa que presidiu entre 2010 e 2017. Foi na sequência de vários escândalos e polémicas que acabou por deixar a liderança da empresa, cargo assumido pelo atual líder, Dara Khosrowshahi.

Em 2019, anunciou estar de saída também do conselho de administração da Uber, altura em que se soube também que vendeu cerca de 90% das ações que detinha. Conta com uma fortuna estimada em 2,6 mil milhões de dólares.

Adam Neumann, WeWork

Adam Neumann, cofundador da WeWork.Noam Galai/Getty Images for TechCrunch

Adam Neumann foi um dos fundadores da WeWork em 2010, gigante dos espaços de coworking. Esteve muito perto de pôr a empresa em bolsa, mas o escrutínio dos investidores expôs falhas graves na governação da companhia: Neumann comprava imobiliário que vendia, depois, à própria empresa; também adquiriu pessoalmente os direitos da marca que viria a ser escolhida para nova marca da WeWork, a qual lhe foi comprada, depois, por 5,9 milhões de dólares.

A operação foi adiada, em setembro de 2019, mas isso não foi suficiente para estancar uma queda de 47 mil milhões de dólares na avaliação da WeWork. Foi forçado a deixar a liderança nesse ano, com um prémio de 1,7 mil milhões, mantendo-se como “observador” do Conselho de Administração e ficando a deter, nessa altura, uma posição minoritária no capital.

Sergey Brin/Larry Page, Google

Sergey Brin (à esquerda) e Larry Page (à direita), fundadores da Google.EPA/BORIS ROESSLER

Larry Page e Sergey Brin fundaram a Google quando ainda eram estudantes da Universidade de Stanford. O grupo presta hoje serviços digitais a milhares de milhões de pessoas e empresas em todo o mundo.

Em 2015, os dois empreendedores reorganizaram a companhia, colocando a marca Google debaixo da chancela de uma nova marca, a que chamaram Alphabet, e nomeando Sundar Pichai para o cargo de presidente executivo. Quatro anos depois, em dezembro de 2019, saíram de vez da empresa, deixando também Sundar Pichai como líder da Alphabet.

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