Heineken vai eliminar cerca de 8.000 postos de trabalho. Avaliação será feita “país a país”

Para minimizar os impactos causados pela pandemia, a Heineken vai reduzir 9% da sua força de trabalho. A decisão vai permitir à empresa poupar dois mil milhões de euros até 2023.

A marca de cervejeira holandesa Heineken, que em Portugal controla a Central de Cervejas, vai despedir cerca de 8.000 mil pessoas, o que corresponde a 9% da sua força de trabalho, na sequência de um plano de restruturação lançado em outubro, anunciou o grupo esta quarta-feira.

Para a segunda maior produtora de cerveja do mundo este plano de restruturação vai permitir poupar dois mil milhões de euros (2,42 mil milhões de dólares) até ao final de 2023, avança a Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês). Contactada pelo ECO, a Central de Cervejas adianta que “a avaliação é feita país a país, perante as repercussões diferenciadas da pandemia no negócio, em cada território”, considerando uma lógica de “amplitude global, aplicação e adaptação local” e que, por isso, por enquanto “não há nenhuma informação a comunicar”. “Partilharemos quando e se tivermos informação para partilhar sobre este assunto”, assinala Nuno Pinto Magalhães, diretor de Comunicação e de Relações Institucionais da SCC.

De acordo com o chefe executivo Dolf van den Brink, cerca de um quinto dos postos de trabalho na sede da cervejeira serão eliminados no primeiro trimestre deste ano. “Do lado da produtividade, precisamos de um pouco mais de intervenção, e isso não deve parar em 2023”, disse Dolf van den Brink, citado pela Bloomberg (acesso pago/conteúdo em inglês).

Ao abrigo do plano “EverGreen” de Dolf van den Brink, a Heineken pretende restaurar as margens operacionais a níveis pré-pandémicos após um declínio acentuado dos lucros devido às restrições do coronavírus.

As vendas no ano passado caíram 11,9%, mais do que os analistas esperavam (10,9%). A cervejeira espera que as condições comerciais comecem a melhorar no segundo semestre de 2021.

As ações da produtora de cerveja estão a desvalorizar 2,1% na bolsa de Amesterdão.

(Título corrigido e notícia atualizada às 16h51, com declarações de Nuno Pinto Magalhães, diretor de comunicação e de relações internacionais da SCC, contactado pelo ECO.)

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