CGD quer pagar 85 milhões em dividendos ao Estado
A CGD fechou 2020 com lucros de 492 milhões de euros. Depois de não ter distribuído dividendos no ano passado, quer voltar a fazê-lo este ano, mas num valor de apenas 85 milhões.
Depois de não o ter feito em 2020, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) pretende voltar a pagar dividendos este ano. Após um ano em que teve lucros de 492 milhões de euros, o banco público admite entregar 85 milhões de euros ao Estado, valor bastante aquém do que o Governo inscreveu no Orçamento do Estado para este ano.
Paulo Macedo tinha salientado aquando da apresentação das contas dos primeiros nove meses que tinha a “possibilidade de vir a distribuir” 160 milhões de euros em dividendos. Agora, nas contas do ano, o banco confirma a intenção de pagar dividendos, mas o valor é inferior.
“Seguindo a recomendação do BCE, [a CGD] irá ser proposta à Assembleia Geral a distribuição de dividendos referentes a 2020 num valor correspondente a 20 pontos base do rácio CET1, o que equivale acerca de 85 milhões de euros“, refere o banco na apresentação das contas.
“Este valor dos dividendos a pagar este ano não põe em causa a realização da call da emissão de 500 milhões de euros de AT1 no próximo ano, que tem um custo de 10,75%”, disse Paulo Macedo na apresentação dos resultados. E salienta que, com esse reembolso antecipado “poderá poupar, emitindo mais baixo, 40 milhões de euros”.
Este valor é bastante inferior ao que está previsto pelo Governo para este ano. O Executivo previa, no OE2021 “a entrega de 374,5 milhões de euros pelo Banco de Portugal e 159,6 milhões de euros pela Caixa Geral de Depósitos”.
"[A CGD] irá ser proposta à Assembleia Geral a distribuição de dividendos referentes a 2020 num valor correspondente a 20 pontos base do rácio CET1, o que equivale acerca de 85 milhões de euros.”
A entrega deste montante marca o regresso do banco público à devolução da ajuda dos contribuintes, depois de no ano passado não ter pago os dividendos de 300 milhões de euros previstos ao acionista, o Estado, para fazer face à pandemia de Covid-19.
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