Que história queremos contar?
De que forma individualmente pode contribuir para que se escreva a história que realmente queremos contar?
Estamos a viver tempos completamente diferentes do que até aqui alguém tinha experienciado e, daqui a uns anos, este tempo atual certamente será analisado por historiadores. Talvez até façam filmes, escrevam peças de teatro e livros e façam-se exposições.
O que gostariam de ver refletido? Claro que o que iremos ler, escutar e ver depende de todos nós e, por isso mesmo, de que forma individualmente pode contribuir para que se escreva a história que realmente queremos contar?
A verdade é que tudo o que estamos a viver nos está a deixar marcas, a cada um de forma específica com experiências diferentes conforme a nossa idade, contexto e perspetiva. Marcas essas que ainda nem conseguimos prever, mas talvez possamos prevenir.
Será que estamos a dar a melhor resposta, a reagir da melhor forma? Imaginem-se a contar o que se está a passar agora aos vossos netos, o que gostariam de dizer?
O que vos peço é um exercício de se transportarem ao futuro e olhem agora para vocês próprios à data de hoje, pois cada um de nós é protagonista da sua própria história, daquilo que vai contar daqui a uns anos!
Também é sabido que é nas situações extremas que surgem as grandes oportunidades, e não falo apenas a nível profissional de negócio, mas também a nível pessoal de desenvolvermos competências e habilidades para respondermos da melhor forma. Nunca foi tão necessário, como à data de hoje, aprendermos a ser flexíveis, com uma rápida capacidade de adaptação, de sermos criativos de forma a encontrarmos novas soluções pois os problemas também assim o são.
A nível profissional
O que podemos retirar de positivo? Pensar no que já aprendemos, que competências fomos forçados a desenvolver, acredito que tenha sido a capacidade de se adaptar ao trabalho remoto, a gerir pessoas através dos ecrãs, a motivar e auto motivar-se, a gerir o novo espaço de trabalho e as tarefas que se misturam, encontrar novos limites físicos do espaço e tempo, a adaptar aquilo que a sua empresa oferece às novas necessidades, talvez até a descobrir novos produtos.
A nível familiar
Tem sido tarefa hercúlea a gestão das relações familiares, pois é onde nos sentimos à vontade para explodir, é onde permitimos que as nossas fraquezas sejam vistas, onde esperamos apoio e compreensão. E ao mesmo tempo onde acreditamos que não podemos falhar, que temos de suportar tudo. Parece que os problemas agora surgem de todo o lado mas a verdade é que já lá estavam, mas assim todos fechados num mesmo espaço fomos forçados a olhar para eles, a enfrentar e tomar uma atitude. E se isso for visto como um renovar, um reforçar do que nos une e nos torna únicos!
A nível pessoal
Que impacto esta incerteza tem provocado, que efeitos tem tido na gestão emocional, o que posso fazer para manter o equilíbrio, que cuidados passamos a ter com a nossa saúde?
Tudo isto são questões fundamentais para que todo o resto seja possível e muitas das vezes é connosco próprios que primeiro descuramos. Por vezes é doloroso olhar, ninguém gosta de encarar os pontos fracos, e se afinal tudo depender da perspetiva com que olhamos para esses mesmos pontos! E se em vez de vermos uma falha conseguirmos olhar para o potencial, para a oportunidade de desenvolver e de sermos melhores.
Convido-vos a escolherem um ponto em concreto que neste momento seria fundamental desenvolver e vos ajudaria em todos os planos, coloquem nele todo o vosso foco e energia e tenho a certeza que apenas com esse gesto poderemos todos dizer que quando olharmos para trás veremos que somos melhores do que éramos e então terá valido a pena o esforço!
Acredito que o que vos trouxe aqui para refletirem não é nada que já não saibam, mas, e na prática como estão a escrever este pedaço da vossa vida, que história vão contar?
*Inês Sottomayor é coach e membro do GPC da APG.
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