Portugal tem sido um dos países mais afetados por atrasos na distribuição de vacinas, diz o PCP
João Ferreira defende que o país deve tentar contornar o problema da falta de vacinas através, nomeadamente, da "aquisição de vacinas noutros países além do quadro da União Europeia".
João Ferreira considerou que Portugal se apresenta como um dos países que mais tem sido castigado pelos atrasos na distribuição de vacinas contra a Covid-19 por parte das farmacêuticas. Em causa está o enorme peso detido pela vacina da AstraZeneca nos contratos de aquisição estabelecidos por Portugal, adianta.
Em conferência de imprensa, o eurodeputado do PCP esclareceu que “Portugal é um dos países mais afetados” pelas falhas na capacidade produtiva das farmacêuticas, na medida em que “nas opções de compra que fez” a vacina da Astrazeneca detém uma “grande importância”. Isto numa altura em que, como bem se sabe, a referida farmacêutica se encontra bastante “atrasada face aos compromissos que assumiu” com a União Europeia.
Ressalvando que Portugal “não pode ficar prisioneiro dos interesses” económicos destas farmacêuticas, que têm vindo nos últimos tempos a relatar “milionários lucros”, João Ferreira defende que o país deve tentar contornar o problema da falta de vacinas através, nomeadamente, da “aquisição de vacinas noutros países além do quadro da União Europeia”. Na ótica do militante do PCP, deverão também ser criadas “condições para que haja futuramente criação nacional neste domínio” de produção.
O eurodeputado referiu ainda que se podia aumentar a capacidade de fabrico de vacinas contra a Covid-19 na Europa, ao passarem a “ser produzidas em massa” em todos os laboratórios que têm condições para o fazer. Mas, para isso, seria necessário existir uma “abertura das patentes”, possibilidade que foi já rejeitada pela própria Comissão Europeia e que João Ferreira considera como sendo uma posição “inaceitável”.
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