Qual o tempo de espera para a segunda dose nos países europeus? Vai de 21 a 84 dias
Para a vacina da Pfizer/BioNTech e Moderna, o tempo varia entre 21 a 28 dias, mas pode estender-se em alguns países. Já para a AstraZeneca o tempo vai até às 12 semanas.
Na União Europeia (UE) há já três vacinas aprovadas: Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca. Estas foram também aprovadas em países da Europa que não pertencem ao bloco comunitário, como Reino Unido, Noruega e Suíça (com exceção da vacina da AstraZeneca). Todas elas têm uma coisa em comum: requerem a toma de duas doses.
Até mesmo a vacina russa Sputnik V, já presente em países como Sérvia e Hungria, requer a toma de duas doses. Mas quanto tempo é preciso esperar para levar a segunda injeção?
De acordo com a Agência Europeia do Medicamento (entidade reguladora que aprovou as três vacinas usadas na UE), o tempo indicado é de 19 a 23 dias (Pfizer/BioNTech), 28 dias (Moderna) e 4 a 12 semanas, ou seja, de 28 a 84 dias (AstraZeneca). Na da AstraZeneca, um novo estudo, divulgado pelo British Medical Journal, sugere que quanto mais perto das 12 semanas mais eficácia tem. Já a vacina russa deve ser dada com 21 dias de intervalo, de acordo com o site oficial.
Segundo as indicações divulgadas por cada governo e respetivos ministérios ou autoridades de saúde nas suas plataformas digitais, a maioria dos países segue as indicações dadas pelas farmacêuticas e reguladores.
Na Hungria e na Sérvia (dois dos quatro países europeus que utilizam o fármaco russo), o tempo de intervalo da Sputnik V é de 21 dias.
Em países fora da União Europeia, como a Noruega e a Suíça, o período de intervalo segue a recomendação também dada pelo regulador europeu, ou seja, 21 e 28 dias para as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna, respetivamente. Quanto à vacina da AstraZeneca, esta ainda não foi aprovada na Suíça, mas na Noruega a recomendação é que o intervalo da toma seja entre nove a 12 semanas.
Já no Reino Unido, a recomendação no site não está especificada por vacina, tendo apenas a indicação que a segunda dose será tomada entre as três e as 12 semanas seguintes à primeira.
Dentro da UE, no que diz respeito às vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna, a maioria dos países dá a indicação de 21 e 28 dias de intervalo entre as duas doses, respetivamente. No entanto, na Áustria a indicação dada é de 21 dias para as duas. Por outro lado, França e República Checa recomendam 28 dias para as duas.
Já a Alemanha indica que “dependendo do fabricante deve ser administrada com pelo menos 21 ou 28 dias de intervalo para completar a série de vacinação, mas não depois de 42 dias após a primeira dose”. Uma recomendação semelhante à da Dinamarca, que diz que o intervalo pode ser alargado até 6 semanas.
A recomendação atual em Portugal é de 21 dias para a vacina da Pfizer/BioNTech e 28 dias para a da Moderna. Porém, esta quarta-feira o coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19 defendeu o adiamento da toma da segunda dose do fármaco da Pfizer/BioNTech. “Está a ser estudado, a meu pedido, pela Direção-Geral da Saúde e pelo Infarmed, se podemos alargar este período por duas semanas, de forma a conseguirmos antecipar a vacinação a cerca de 200 mil pessoas. Reforçar a vacinação uma ou duas semanas mais tarde praticamente não vai fazer grande variação no processo de defesa da pessoa que já foi vacinada com a primeira dose”, afirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.
Quanto à vacina da AstraZeneca, os países da UE variam. Em França a segunda dose deverá ser tomada nove a 12 semanas depois da primeira, em Espanha 10 a 12 semanas, em Itália e República Checa deverá ser precisamente na 12ª semana. Já a Bélgica refere que a segunda dose de “outras vacinas [que não a da Pfizer/BioNTech] deve ser tomada quatro semanas depois” – ora, este é o prazo mínimo da vacina anglo-sueca.
Para o fármaco da AstraZeneca, o intervalo estipulado em Portugal é até 12 semanas.
Vários países estão a adiar também a toma da segunda dose daqueles que tiveram Covid-19 depois da primeira. Ou até, a pôr no fim da lista quem já teve infetado. Mas, uma abordagem diferente está a ser tomada em França, onde as autoridades de saúde recomendaram a toma única da vacina para aqueles que já tiveram infetados com o novo coronavírus, independentemente da idade. O objetivo é que esta dose única sirva apenas como reforço à imunidade criada pela infeção.
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