Portugal gasta milhares em presidência europeia “fantasma”, diz o Politico
O Politico escreve que a presidência portuguesa da UE gastou milhares a preparar eventos presenciais que não aconteceram. O Governo diz que não podia excluir essa possibilidade.
O jornal europeu Politico.eu escreve esta quinta-feira que a presidência portuguesa da União Europeia, que arrancou a 1 de janeiro, gastou centenas de milhares de euros a preparar eventos presenciais “como se essa fosse a regra durante os seus seis meses a liderar o Conselho da UE”. É uma presidência “fantasma” com gastos em equipamentos, bebidas e roupas para eventos que provavelmente não serão presenciais. Em sua defesa, o Governo diz que não poderia excluir essa possibilidade e tinha de ter tudo preparado.
De acordo com o artigo do Politico, que cita dados do Portal Base (portal que reúne os contratos públicos), a estrutura de missão da presidência portuguesa da União Europeia gastou 260.591 euros para equipar o centro de imprensa que está instalado no Centro Cultural de Belém. Este foi usado no início de janeiro quando a presidente da Comissão Europeia esteve em Lisboa, mas desde então as conferências de imprensa têm sido online. Além disso, a presidência portuguesa fez um contrato de 35.785 euros com uma empresa de vinhos e outro de 39.780 euros para comprar 360 camisas e 180 fatos.
Em resposta, a porta-voz da presidência, Alexandra Carreira, explicou ao Politico que Portugal não podia “simplesmente negligenciar a possibilidade de realizar eventos presenciais a um dado momento num futuro próximo” e, por isso, fez as “preparações adequadas e oportunas”. Além disso, a porta-voz explicou que as camisas e os fatos tinham sido comprados para os motoristas da presidência. O Politico cita um diplomata veterano para dizer que este tipo de despesa não é comum nas presidências da UE.
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