Santander estabelece metas para chegar a zero emissões líquidas em 2050
O banco vai deixar de prestar serviços financeiros a clientes de geração de energia elétrica, cujas receitas dependam mais de 10% do carvão térmico e eliminar a exposição à mineração de carvão térmico
Depois de ter conseguido que a atividade do Grupo se tornasse neutra em carbono em 2020, o Santander anunciou agora o objetivo de alcançar zero emissões líquidas de carbono até 2050, estendendo assim as metas de descarbonização às emissões dos clientes, decorrentes de serviços de financiamento, assessoria ou investimento fornecidos pelo banco.
Para isso o banco vai apostar em três grandes estratégias de ação: alinhar o seu portfólio para o cumprimento das metas do Acordo de Paris; apoiar a transição para uma economia verde – com a mobilização de 120 mil milhões de euros em financiamento verde até 2025 e mais 220 mil milhões até 2030 -; e reduzir a sua própria pegada ambiental, com 100% da eletricidade de fontes renováveis em todos os países em que opera até 2025, entre outras medidas.
“A mudança climática é uma emergência global. Somos um dos maiores bancos do mundo, com 148 milhões de clientes, por isso, temos a responsabilidade e a oportunidade de apoiar a transição verde e incentivar mais pessoas e empresas a serem mais sustentáveis”, afirmou Ana Botín, presidente do Grupo Santander, em comunicado
Para chegar a zero emissões líquidas a meio do século, o Santander definiu assim como principais metas, até 2030: deixar de prestar serviços financeiros a clientes de geração de energia elétrica, cujas receitas dependam mais de 10% do carvão térmico; e eliminar, por completo, a exposição do banco à mineração de carvão térmico em todo o mundo.
Estas metas para a atividade financeira do banco afetam sobretudo os setores de materiais emissores de carbono. No final deste ano, o banco vai ainda dar mais detalhes sobre como o plano de descarbonização será posto em prática, no relatório sobre financiamento climático. Em setembro de 2022 vai também apresentar as metas de descarbonização para outros setores relevantes, como os do petróleo e do gás, transportes e indústrias mineira, siderúrgica e metalúrgica.
Santander lança cartões bancários biodegradáveis
Mais a curto prazo, o Santander vai também começar a entregar aos seus clientes cartões bancários com um novo design – vertical – e biodegradáveis. Para além do novo formato, os dados impressos no verso (número do cartão, nome, data de validade, cvv) e tecnologia contacless.
“Os novos cartões são biodegradáveis, de reduzido impacto ambiental, traduzindo a estratégia do Santander em manter comportamentos sustentáveis, seja na dimensão económica, como ambiental e social. Desde janeiro de 2019 que todo o processo de produção e expedição dos cartões bancários do Santander é certificado pela CarbonNeutral. Este certificado é concedido a empresas que consigam compensar as emissões de carbono de um determinado produto, até reduzir o seu impacto ambiental a zero”, informou o banco em comunicado.
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