BCSD Portugal lança nova ferramenta de circularidade para empresas
É lançada hoje a versão portuguesa dos “Indicadores de Transição Circular V2.0”, desenvolvidos pelo World Business Council for Sustainable Development, com casos de estudo da Galp, Efacec e Lipor.
Atualmente, apenas 8,6% da economia mundial é circular e na Europa apenas 12% dos materiais e dos recursos secundários são reintroduzidos na economia. As empresas portuguesas querem ser mais circulares e o BCSD Portugal lança esta terça-feira uma nova ferramenta que lhes vai permitir testar exatamente quanto dos seus negócios e processos de produção se encaixam na lógica da Economia Circular.
Trata-se da versão portuguesa dos “Indicadores de Transição Circular V2.0” (Circular Transition Indicators V2.0), desenvolvidos pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e por 30 empresas-membro. Por cá, esta publicação inclui casos de estudo da Efacec, Galp e LIPOR, associadas do BCSD Portugal que participaram num piloto de aplicação da ferramenta online CTI Tool.
“A Circular Transition Indicators (CTI) é uma ferramenta valiosa que vem proporcionar às empresas um meio para realizarem a autoavaliação, a monitorização e a comunicação do seu desempenho circular de uma forma estruturada e eficaz”, disse o secretário-geral do BCSD Portugal, João Wengorovius Meneses, em comunicado.
E acrescentou ainda que “este é um passo fulcral para a transição necessária para a neutralidade carbónica
e para a eficiência no uso de recursos, na medida em que promove o desenvolvimento de produtos
mais sustentáveis e, simultaneamente, a transição para uma economia mais resiliente”.
A versão 2.0, lançada este ano, inclui indicadores dedicados à circularidade da água, de desempenho financeiro e ainda orientações para a bioeconomia. A versão portuguesa inclui três casos de estudo de empresas do Grupo de Trabalho de Economia Circular do BCSD Portugal e que participaram num projeto piloto de aplicação da ferramenta online da CTI: Efacec, Galp e LIPOR.
“Esta ferramenta distingue-se por ser feita por empresas, para empresas, ajudando-as de forma simples a medir o seu grau de circularidade, definir objetivos de melhoria e monitorizar o seu desempenho circular. Esta metodologia é transversal a todos os setores e cadeias de valor, abrangente e flexível, complementar aos esforços já desenvolvidos pelas empresas no domínio da sustentabilidade e é agnóstica no que respeita aos materiais, setores ou tecnologias”, explicou o BCSD POrtugal em comunicado.
Em 2020, a Comissão Europeia adotou um novo Plano de Ação para a Economia Circular, que constitui um dos principais alicerces do Pacto Ecológico Europeu, o novo roteiro da Europa para o crescimento sustentável, e que representa o atual enquadramento político nacional para a economia circular. Este Plano de Ação apela a que sejam feitos esforços para reduzir o impacto ecológico do consumo e duplicar a taxa de utilização de materiais circulares na próxima década.
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