Primeiro-ministro diz que idade da reforma vai diminuir

António Costa afirmou que idade da reforma vai recuar. Isto uma vez que a fórmula que dita a sua evolução é influenciada pela esperança de vida, que está a ser prejudicada pela pandemia.

O primeiro-ministro afirmou, esta quarta-feira, no Parlamento, que a idade da reforma vai cair, uma vez que a fórmula que dita a sua evolução, não tendo sido mudada, continua a ter como chave a esperança média de vida aos 65 anos, que tem sido muito prejudicada pela pandemia. António Costa confirma, assim, a projeção já calculada pelo ECO, no início do mês.

Questionado por André Ventura sobre a evolução futura da idade normal de acesso à pensão de velhice, o chefe do Executivo remeteu, esta quarta-feira, para a fórmula que dita a sua evolução, frisando que não alterada. E isso “vai ter o efeito de reduzir” a idade da reforma, disse António Costa.

O ECO já tinha adiantado que 2023 poderá trazer um recuo histórico na idade de acesso à pensão, uma vez que a pandemia poderá fazer inverter, estimam os demógrafos, a tendência crescente da esperança média de vida aos 65 anos, indicador que determina a idade fixada para o acesso normal à reforma. A par desta redução, também o fator de sustentabilidade — um dos cortes aplicados às pensões antecipadas — poderá cair.

Em 2022, já é certo que a idade da reforma subirá um mês para 66 anos e sete meses, de acordo com uma portaria publicada recentemente pelo Executivo de António Costa. Isto uma vez que o impacto da pandemia só se fez sentir num dos anos (2020) do triénio dos dados da esperança média de vida aos 65 anos considerados para o cálculo desse valor, ou seja, não o suficiente para provocar um recuo do indicador estatístico em relação ao triénio anterior e, consequentemente, da idade da reforma. A idade da reforma a vigorar em 2023 terá por base, contudo, os dados da esperança de vida aos 65 anos de 2019 a 2021, já sendo mais impactados pela crise pandémica.

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