Grupo Generali estuda aquisição na Rússia

  • ECO Seguros
  • 24 Março 2021

De três alvos possíveis para uma operação que pode chegar a 2000 milhões de euros, o que melhor serve a estratégia do grupo dono da Tranquilidade é a RESO Garantia, avançou imprensa italiana.

A Generali SpA tem um dossiê de dois mil milhões na mesa da administração relacionado com possível operação de aquisição de uma companhia russa, adiantou o jornal Il Sole 24 Ore.

Na Rússia, a Generali já é acionista da Ingosstrakh, detendo uma posição que, apesar de tentativas diversas ao longo do tempo, a instituição italiana nunca conseguiu desbloquear face às barreiras que tem enfrentado nas tentativas de reforço da sua participação. Por isso, “o alvo agora terá de ser outro”, afirma o meio de imprensa.

Os planos para a eventual transação de compra consideram três hipóteses como potenciais alvos: a VTB Insurance, a Rosgosstrakh e a RESO-Garantia, todas seguradoras relevantes no mercado russo. A edição eletrónica do ilSole24ore, fonte da notícia (em conteúdo de acesso pago), afirma que o potencial target da aquisição já foi identificado.

O projeto para a investida encontra-se ainda numa fase bastante preliminar, mas já foi apresentado por Philippe Donnet, CEO da Generali, à comissão de investimentos do grupo, sabendo-se também que alguns dos principais acionistas representados no comité da SpA expressaram preocupações com o perfil de risco país que é atribuído à Rússia.

Enquanto a companhia recusa fazer comentários sobre o assunto, sabe-se que a Generali conhece o mercado russo por via dos 38,5% que detém na Ingosstrakh desde 2013. Para o possível negócio da nova campanha russa, o grupo italiano tem em vista um alvo bem posicionado no negócio não Vida e, nesta perspetiva, a candidata mais provável para a eventual transação seria a RESO-Garantia.

A Generali é uma das três maiores na indústria europeia de seguros e vem reiterando ambição de consolidar como líder. Numa sessão com investidores (em novembro de 2020), a companhia apresentou argumentos: com boa parte do plano estratégico (“Generali 2021”) concretizado antes do prazo, nomeadamente em termos de redução de dívida e custos, a seguradora de Trieste assumiu boa posição de capital (rácio de solvência de 203% reportado a setembro de 2020) e, pela voz de Frederic de Courtois, Diretor-Geral, afirmou: “Temos 2500 milhões de euros para mais aquisições.”

Em janeiro de 2021, o grupo italiano reforçou posição na Grécia, com a aquisição dos negócios da francesa AXA naquele mercado. Conforme noticiou ECO Seguros, a Generali pagou 165 milhões de euros (em numerário) pela operação da Axa na Grécia (ramos Vida, planos de Poupança e seguros de Danos não Vida).

Em Portugal, anos antes, através de transação com processo de integração ativos concluído já em 2020, a companhia italiana comprou a então designada Seguradoras Unidas, entidade que agregava as marcas Tranquilidade, Açoreana e LOGO.

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