Maiores empresas portuguesas de luz e gás perdem quota em 2019
Desde 2010 que a quota de mercado da maior empresa de eletricidade está abaixo de 50%. Quanto ao gás, foi atingido o mínimo em 2019, com 59,5%.
A quota de mercado da principal empresa geradora de eletricidade em Portugal (a EDP) foi de 46,8% em 2019, um número inferior ao máximo atingido entre 2001 e 2003 (61,5%) e também um decréscimo face a 2018 (47,5%), segundo indicam os dados do Eurostat. A quota de mercado tem tido oscilações de ano para ano, mas desde 2010 que está abaixo de 50%.
No total, em 2019, havia cinco empresas em Portugal que detinham, pelo menos, 5% da quota de mercado da eletricidade.
O mesmo não se pode dizer do gás, onde o principal gerador (Galp) representava, em 2019, 59,5% do mercado. Uma grande diferença face à década anterior, em que havia um monopólio — entre 2007 (primeiros dados disponíveis) e 2008 100% do mercado era controlado por uma só empresa. Nos dois anos seguintes o valor continuava acima dos 90%. O valor de 2019 é o mais baixo de que há registo.
Também o número de empresas com pelo menos 5% da quota de mercado era inferior ao do setor elétrico: eram quatro. O número de empresas estabilizou neste valor desde 2016, tendo sido apenas uma entre 2006 e 2008.
No geral, na União Europeia as quotas de mercado dos maiores produtores de eletricidade e gás têm vindo a diminuir desde 2007. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo gabinete estatístico europeu, em comparação com 2007, a quota de mercado de 2019 do maior gerador no mercado de eletricidade foi inferior na maioria dos Estados-membros. Já no gás, foram apenas 13 países que apresentaram um decréscimo.
Em 2019, havia ainda um país que apresenta um monopólio no mercado da eletricidade: o Chipre. Neste país, 100% da quota de mercado pertence a uma só empresa e é assim desde 2003, mas mesmo antes (sendo que só há dados a partir de 1999) o valor andava perto dos 100%. No extremo oposto, está a Polónia onde a principal empresa tem menor quota de mercado (11,8%).
No que diz respeito ao mercado de gás natural, há três países dominados por uma só produtora (100% da quota): Estónia, Finlândia e Suécia. Pelo contrário, na Irlanda a maior empresa representa apenas 29,8% do mercado.
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