Tecnológicas pintam Wall Street de vermelho
O Nasdaq chegou a perder mais de 1%, mas fechou com uma queda inferior. Ainda assim, foram as tecnológicas a ditar a contração em Wall Street.
Os principais índices norte-americanos desvalorizaram esta terça-feira, com o setor tecnológico a destacar-se nas perdas perante a subida dos juros da dívida norte-americana a dez anos para máximos de 14 meses, tendo voltado a estar no radar dos investidores. Já o setor da banca esteve a subir, recuperando face às perdas da sessão anterior provocadas pelo problema do fundo Archegos.
O Dow Jones desvalorizou 0,31% para os 33.066,96 pontos, o Nasdaq cedeu 0,11% para os 13.045,39 pontos — o índice tecnológico caminha para a primeira queda mensal em cinco meses — e o S&P 500 caiu 0,32% para os 3.958,55 pontos. Os índices alcançaram máximos históricos no final da semana passada.
Este desempenho dos mercados financeiros, com a queda das tecnológicas e a subida dos juros da dívida, sugerem que os investidores estão otimistas quanto à capacidade de recuperação da economia, principalmente em setores como o turismo, aviação, hotelaria e restauração, os quais devem beneficiar da aceleração da campanha de vacinação nos EUA. Além disso, há o pacote de estímulos de Joe Biden no valor de 1,9 biliões de dólares.
No setor tecnológico, cotadas gigantes como a Apple, a Microsoft e a Amazon desvalorizaram na sessão desta terça-feira. Este setor, que é visto como de elevado crescimento, tem vindo a crescer nos últimos anos por causa do ambiente de taxas de juro baixas, de acordo com os analistas. Esse padrão é agora afetado pela subida dos juros da dívida norte-americana.
“As preferências dos investidores estão a mudar quase todos os dias, principalmente entre as tecnológicas e as cíclicas [como as cotadas do setor do turismo]”, explica Tim Ghriskey, analista do Inverness Counsel, à Reuters.
Neste momento, os investidores aguardam pelos pormenores do plano de investimento em infraestruturas que o presidente norte-americano vai divulgar esta quarta-feira.
É de notar que os indicadores económicos são, neste momento, geralmente positivos: o índice de confiança dos consumidores norte-americanos a subir de forma expressiva em março para o valor mais elevado num ano, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira.
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