Dívida pública dispara para novo recorde de 274,1 mil milhões
A dívida pública, na ótica de Maastricht, acelerou 4,2 mil milhões de euros em fevereiro para os 274,1 mil milhões de euros. Subida "refletiu essencialmente emissões de títulos de dívida", diz BdP.
A dívida pública, na ótica de Maastricht (a que interessa a Bruxelas), subiu 4,2 mil milhões de euros em fevereiro para os 274,1 mil milhões de euros, um novo recorde, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). “Esta subida refletiu essencialmente emissões de títulos de dívida, no valor de 4,2 mil milhões de euros”, sinaliza a instituição.
Este recorde é assim atingido após a primeira emissão de dívida sindicada do ano, em fevereiro. Portugal financiou-se em 3 mil milhões de euros numa emissão de dívida de muito longo prazo que gerou forte interesse junto dos investidores: a procura superou os 40 mil milhões.
Apesar de ter mais dívida, o custo dessa dívida é cada vez mais baixo, devido aos juros mínimos no financiamento. Na emissão sindicada, a taxa de juro de pouco mais de 1% representou “uma poupança significativa para o país e para os contribuintes”, segundo sinalizou na altura o Ministério das Finanças.
O BdP dá ainda conta de que os depósitos das administrações públicas aumentaram 2,0 mil milhões de euros em fevereiro. “A dívida pública líquida de depósitos aumentou 2,2 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, para 248,8 mil milhões de euros”, segundo a nota de informação estatística.
O rácio da dívida pública portuguesa subiu de 117,2% do PIB em 2019 para 133,7% do PIB em 2020, um novo recorde provocado pela crise pandémica, acima do anterior pico de 132,9% em 2014. Para este ano, o Governo antecipava, no Orçamento do Estado para 2021, uma redução para 130,9% do PIB, mantendo-se a trajetória de redução da dívida nos anos seguintes. Contudo, o número deverá ser revisto em alta.
(Notícia atualizada às 11h50)
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