Continental vai construir fábrica do futuro com a Universidade de Trás-os-Montes
Primeiro-ministro anunciou que o Compete aprovou um novo financiamento para uma nova parceria de investigação entre a Universidade de Trás-os-Montes e a Alto Douro e a Continental.
A Continental vai construir uma fábrica do futuro com antenas para automação em parceira com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). O projeto de investigação vai ser financiado com fundos comunitários e já foi aprovado, segundo anunciou esta quarta-feira o primeiro-ministro António Costa, numa visita ao estabelecimento de ensino.
“O Compete aprovou um novo financiamento de uma parceria da Universidade de Trás-os-Montes e a Alto Douro com a Continental, que vai permitir o desenvolvimento de uma outra área de investigação fundamental para o futuro, que é o desenvolvimento de um projeto da Continental quanto à produção da fábrica do futuro, uma fábrica assente no desenvolvimento de antenas fundamentais para automação da própria fábrica”, explicou o ministro, em declarações transmitidas pela RTP3.
Esta nova parceria segue-se a uma outra, com o Centro IKTS da Fraunhofer em Dresden para a instalação de um centro Fraunhofer em Vila Real, que prevê um programa de atuação de cooperação estratégica no domínio da agricultura de precisão, nomeadamente nas áreas do vinho e da vinha.
Estas resultam da “opção de assentar toda a estratégia de recuperação económica em dois motores fundamentais: o combate às alterações climáticas e a transição para uma economia digital”, diz Costa. “Temos aqui bons exemplos de como o investimento ao combate às alterações climáticas se desenvolve por diversas vias“, afirmou, apontando ainda para a promoção da mobilidade sustentável.
“A esmagadora maioria dos recursos têm de ser investidos nestes dois domínios”, defendeu Costa em relação ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Além do foco na sustentabilidade e digitalização, o governando explicou que, ao contrário do que acontecia tradicionalmente com os programas europeus, o dinheiro não se destina a universidades, empresas ou autarquias separadamente, mas sim numa lógica de cooperação.
“Há sobretudo algo muito inovador que é o que designamos de agendas e alianças inovadoras que são candidaturas que não são apresentadas por uma universidade, empresa ou autarquia, mas que têm de ser apresentadas em conjunto por empresas, autarquias e universidades numa verdadeira aliança para transformar o conhecimento adquirido em valor económico que se instala no território. É um desafio novo, mas é também um dos desafios mais aliciantes deste PRR”, acrescentou.
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