Preços das casas em Portugal tiveram a sexta maior subida da União Europeia
Portugal registou uma subida de 8,4% nos preços das casas em 2020, uma evolução acima dos 5,5% observados em toda a União Europeia.
Mesmo num ano de pandemia, as casas ficaram mais caras. Em Portugal a subida foi de 8,4%, acima da média observada em toda a União Europeia (UE) e sexta maior entre todos os Estados-membros, mostram os dados do Eurostat. Em termos de rendas, essas também subiram, mas em território nacional o aumento foi mais baixo do que o dos preços de venda.
Em 2020, os preços de venda das casas na UE aumentaram em média 5,5%. Entre todos os Estados-membros, a Turquia (+24,8%) e o Luxemburgo (+14,5%) registaram as maiores subidas, à frente da Polónia (+10,5%), Eslováquia (+9,6%) e República Checa (+8,4%). O sexto maior aumento coube a Portugal, onde os preços ficaram 8,4% mais altos, tal como já tinha sido adiantado pelo Instituto Nacional de Estatística.
No lado oposto, a Irlanda (+0,3%), Finlândia (+1,8%) e a Itália (+1,9%) destacaram-se ao apresentar as descidas mais baixas. Numa análise a todos os membros da UE, o Chipre foi o único a ver os preços caírem. Naquele país, a descida foi de 0,2%.
Casas ficaram quase 30% mais caras na última década
O Eurostat foi mais longe e analisou mesmo a evolução dos preços das casas desde 2010 até ao final do ano passado, trimestre por trimestre. E concluiu que, na última década, as casas ficaram 28,6% mais caras na UE. Comparando o último trimestre de 2020 com 2010, os preços das casas aumentaram em 23 dos Estados-membros — com destaque para a Estónia (+112,8%), Luxemburgo (+99,8%) e Hungria (+90,6%) — e caíram apenas em quatro: Grécia (-28,1%), Itália (-15,2%), Espanha (-5,2%) e Chipre (-3,4%).
A mesma análise incidiu ainda sobre as rendas, que aumentaram 14,9% desde 2010, ou seja, foi um aumento menos expressivo do que o dos preços de venda. Na última década, os preços cresceram mais do que as rendas em 18 Estados-membros e as evoluções foram diferentes. Entre 2010 e o segundo trimestre de 2011, ambos seguiram trajetórias semelhantes. Contudo, depois disso, seguiram caminhos muito diferentes: as rendas aumentaram de forma constante até ao final de 2020, enquanto os preços tiveram algumas flutuações.
Assim, comparando o final de 2020 com 2010, as rendas aumentaram em 25 Estados-membros da UE — com destaque para a Estónia (+143,5%), Lituânia (+109,2%) e Irlanda (+61,8%) — tendo caído apenas na Grécia (-25,2%) e no Chipre (-4,1%).
(Notícia atualizada às 11h03 com mais informação)
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