Taxa de poupança das famílias da Zona Euro perto dos 20%
Segundo dados do Eurostat, também a taxa de investimento das famílias da Zona Euro subiu nos últimos três meses de 2020, para os 9,1%. Este é o valor mais elevado desde 2011.
A taxa de poupança das famílias da Zona Euro atingiu, no quarto trimestre do ano passado, os 19,8%. Trata-se do segundo valor mais alto já registado neste indicador, que tem vindo a ser contabilizado desde 1999. Nos últimos três meses de 2020, também a taxa de investimento destas famílias subiu, para o valor mais alto desde 2011.
De acordo com o Eurostat, entre outubro e dezembro de 2020 a taxa de poupança das famílias residentes na zona do Euro foi alvo de um aumento na ordem dos 2,5 pontos percentuais, face ao trimestre anterior, quando esta taxa estava fixada nos 17,3%.
Até ao momento, apenas a taxa registada no segundo trimestre de 2020 supera os valores agora conhecidos. Isto porque, entre abril e junho desse ano, foi registada uma taxa de poupança de 25,0% na Zona Euro, a percentagem mais elevada alguma vez identificada, reflexo dos efeitos do confinamento no consumo das famílias. Já em comparação com o período homólogo, a taxa de poupança registada no último trimestre de 2020 fica bem acima dos 13,0% registados nos últimos três meses de 2019.
De acordo com o gabinete estatístico europeu, o “aumento da taxa de poupança” agora registado é essencialmente “explicado pela queda do consumo”, na ordem dos 3,7%. Ou seja, as restrições aplicadas a grande parte das populações europeias, no último ano, para conter a propagação da pandemia de Covid-19 tem tido um impacto positivo na poupança das famílias.
Por outro lado, os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat mostram que a taxa de investimento das famílias residentes na Zona Euro alcançou, no quarto trimestre do ano passado, o valor mais elevado desde 2011, tendo atingido os 9,1%. É um aumento de 0,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior (8,7%).
Também no que toca às empresas, a taxa de investimento na Zona Euro cresceu face ao trimestre anterior (23,2%), para os 23,4%. Porém, está em causa uma quebra face ao último trimestre de 2019, onde este indicador estava nuns mais elevados 25,7%.
Por sua vez, a margem de lucro das empresas também registou um crescimento face ao terceiro trimestre de 2020. Se entre julho e setembro essa margem foi de 39,1%, nos três meses seguintes subiu 1,3 pontos percentuais, para os 40,4%. Aumento esse que também se verificou em comparação com o período homólogo (40,1%).
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