EUA querem reforçar produção nacional de semicondutores devido à crise de escassez

  • Lusa
  • 10 Abril 2021

Uma penúria de componentes eletrónicos na Ásia está a afetar numerosos setores industriais em todo o mundo, EUA incluídos.

A Casa Branca anunciou sexta-feira que vai promover uma reunião com dirigentes de empresas afetadas pela penúria mundial de semicondutores, para ver como se pode reforçar a sua produção nos EUA. No encontro devem participar os presidentes de 19 grupos dos EUA ou localizados no país, como a Alphabet, que é a holding da Google, a Intel, a Ford ou a General Motors (GM).

A discussão vai incidir sobre “medidas visando reforçar a resiliência das cadeias de aprovisionamento norte-americanas para os semicondutores e outros domínios-chave”, indicou fonte da Casa Branca.

A reunião vai ser dirigida pelo diretor do Conselho Económico da Casa Branca, Brian Deese, e pelo conselheiro para a Segurança Nacional, Jake Sullivan. A secretária do Comércio, Gina Raimondo, também vai participar, avançou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

No final de março, o presidente Joe Biden tinha apresentado um plano de investimentos em setores como as infraestruturas e energia, que deve permitir a criação de milhões de empregos bem pagos. O reforço da produção de semicondutores nos EUA está incluído.

Uma penúria de componentes eletrónicos na Ásia está a afetar numerosos setores industriais em todo o mundo, EUA incluídos. Em particular, os fabricantes de aparelhos eletrónicos e automóveis têm sido muito penalizados. A GM, por exemplo, foi forçada, por várias vezes, a suspender as suas linhas de produção, por falta de peças para fabricar as viaturas.

Sinal da dimensão do problema, Biden tinha ordenado no final de fevereiro o levantamento das cadeias de aprovisionamento de bens considerados essenciais, onde estavam os semicondutores. A Intel anunciou mesmo, no final de março, a construção de duas fábricas de semicondutores nos EUA.

Este anúncio foi saudado por Gina Raimondo, que então considerou que se tratava de “um excelente exemplo dos benefícios ligados aos investimentos nacionais em fábricas de semicondutores”, além de reforçar, como acrescentou, a segurança nacional.

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