Exportações da China aumentaram mais de 30% em março
Empresas exportadoras da China beneficiaram com a reabertura precoce da sua economia, enquanto outros governos continuam a adotar medidas de contenção contra a Covid-19.
As exportações da China aumentaram em março 30,6%, face ao ano anterior, devido ao aumento da procura global, numa altura em que o país asiático é a única grande economia a funcionar sem restrições.
Segundo a Administração Geral das Alfândegas da China, as exportações subiram para 241,1 mil milhões de dólares (quase 203 mil milhões de euros). As importações aumentaram 38,1%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 227,3 mil milhões de dólares (cerca de 191 mil milhões de euros).
“É um sinal positivo de que a atividade económica e comercial global está a recuperar e que a confiança do mercado está a aumentar”, apontou o porta-voz das alfândegas, Li Kuiwen, em conferência de imprensa.
Li alertou que a situação “económica mundial ainda é complicada e severa”.
Os exportadores da China beneficiaram com a reabertura precoce da sua economia, enquanto outros governos continuam a adotar medidas de contenção contra a Covid-19, que limitam os negócios e o comércio.
Nos primeiros três meses de 2021, as exportações dispararam 49%, em relação ao ano anterior, para 710 mil milhões de dólares (597 mil milhões de euros). As importações cresceram 28%, para 593,6 mil milhões de dólares (499 mil milhões de euros).
As comparações homólogas do comércio chinês, no primeiro trimestre do ano, produzem números particularmente sonantes, já que no início de 2020 a China encerrou fábricas e isolou cidades inteiras devido ao novo coronavírus, resultando numa queda acentuada do comércio externo.
As exportações para os 27 países da União Europeia ascenderam aos 36,6 mil milhões de dólares (30,7 mil milhões de euros), enquanto as importações chinesas de produtos europeus fixaram-se nos 27,5 mil milhões de dólares (23,1 mil milhões de euros).
As exportações para os Estados Unidos subiram 53,6%, em março, para 38,7 mil milhões de dólares (32,5 mil milhões de euros), apesar de as taxas alfandegárias punitivas que continuam a vigorar sobre vários bens produzidos na China, na sequência da guerra comercial lançada pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump.
As importações de produtos norte-americanos pela China, que também foram punidos com um aumento das taxas alfandegárias, em retaliação, aumentaram 74,7%, para 17,3 mil milhões de dólares (14,5 mil milhões de euros).
Biden, que assumiu o cargo em janeiro passado, não deu ainda indicação de que pode retirar as taxas punitivas que deflagraram o maior conflito comercial global de sempre.
Também não existe data para um encontro entre os principais representantes do comércio dos dois países.
O superavit comercial da China diminuiu 30,6%, em março, em relação ao ano anterior, para 13,8 mil milhões de dólares (11,6 mil milhões de euros).
O superavit com os Estados Unidos cresceu 39%, para 21,4 mil milhões de dólares (18 mil milhões de euros).
O Partido Comunista China estabeleceu uma meta de crescimento económico para este ano acima dos 6%, o que deve impulsionar a procura por petróleo, minério de ferro, alimentos, bens de consumo e outras importações.
A China é o maior cliente do petróleo angolano. Em 2020, o país asiático foi o destino de mais de 27% dos produtos exportados pelo Brasil, segundo dados oficiais.
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