Capitalização das empresas pode ser reforçada com mais 2,3 mil milhões do PRR se a procura o justificar
Capitalização das empresas foi reforçada em 300 milhões face à versão inicial. Valor pode aumentar novamente se a procura por instrumentos de capitalização ou de apoios à inovação o justificar.
O ministro do Planeamento, Nelson de Souza, revelou esta sexta-feira que, caso se “verifique uma procura quer na área da capitalização ou na área das agendas mobilizadoras de inovação”, vai ficar inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) o compromisso de se “solicitar a utilização de uma verba adicional de 2,3 mil milhões de euros destinados a reforçar esta medida da capitalização e da inovação”.
Isto acresce já à dimensão reforçada da capitalização e inovação das empresas, em 300 milhões de euros na parte da capitalização, face à versão inicial. Esta “foi reforçada pela utilização do nível de empréstimos que já estava assumido, mas que a não utilização por uma outra dimensão permitiu afetar a parte da capitalização”, sinalizou o ministro na apresentação do PRR, esta sexta-feira em Coimbra, antes de ser entregue em Bruxelas, na próxima semana.
O valor fica assim em 1.364 milhões de euros, ao qual pode acrescer o reforço caso a procura o justifique, apontou. O primeiro-ministro, que tomou depois a palavra, sublinhou também que as empresas “são parceiros fundamentais na execução do plano”.
“Através dos apoios diretos às empresas, são 4.900 milhões de euros, mas poderão vir a ser mesmo 7.200 milhões de euros”, apontou Costa. Para além dos apoios diretos, “há um conjunto de outros investimentos de que empresas são indiretamente beneficiárias”, defendeu, como nas qualificações de recursos humanos e investimento na redução de custos de contexto.
Há ainda outra dimensão através da qual as empresas podem beneficiar deste plano: “No conjunto do PRR há 11 mil milhões de euros que são encomendas dirigidas às empresas”, sublinhou António Costa. O chefe do Executivo exemplifica com a habitação, cujo beneficiário é o IHRU, mas são as empresas, “que irão executar o conjunto de investimentos”; com a digitalização da Administração Pública, já que são as empresas “que vão desenvolver as aplicações”; e com as obras na área da mobilidade, como o Metro de Lisboa, porque “quem vai executar é o consórcio de empreiteiros”.
O PRR inicialmente apresentado pelo Governo foi alvo de várias críticas das confederações patronais e associações pelo montante alocado às empresas. A “principal falha” do PRR é a “escassa prioridade” dada à recapitalização das empresas, chegou a dizer a CIP, em maio, visão refletida no contributo da confederação à consulta pública.
(Notícia atualizada às 17h15)
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