Já há seis casos da variante indiana do coronavírus em Portugal

Portugal regista seis casos da variante indiana, 73 da variante de Manaus e 64 da variante de África do Sul. A presença da variante britânica ronda os 90%.

Já há seis casos da variante indiana em Portugal, revelou esta segunda-feira o cientista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), João Paulo Gomes. A informação foi partilhada esta terça-feira na reunião que decorreu no auditório do Infarmed, onde estiveram especialistas e decisores políticos. A variante britânica continua a ser a mais prevalente no país.

Nos últimos sete dias foram identificados seis casos associados à variante indiana em Portugal, “todos em Lisboa e Vale do Tejo“, afirmou o responsável. Esta variante tem uma dupla mutação que pode fazer com que o vírus escape mais facilmente à resposta imunológica do corpo. No entanto, até ao momento, a ciência não considera esta variante tão grave quanto a britânica ou a brasileira.

Em relação à variante britânica, João Paulo Gomes referiu que Portugal “tem ainda tendência crescente” da presença desta estirpe, sendo que, “há 15 dias, 83% dos casos eram da variante britânica” e, agora, a percentagem deve rondar os 89%-90%. Esta variante é a mais transmissível, mas a “letalidade em Portugal está em níveis baixos”, explicou.

No que diz respeito à variante brasileira (de Manaus, também chamada de variante P1), que gerou grande preocupação internacional por poder provocar reinfeção, teve um “tendência [internacional] crescente e Portugal não fugiu a regra”. Foram já identificados 73 casos no país, sendo que 44 destes foram confirmados nos últimos 15 dias.

Quanto à variante de África do Sul, o cenário “não é muito distinto”. “Portugal está com um total de 64 casos, 11 dos quais [detetados] nas últimas duas semanas“, afirmou o especialista, reforçando que este número está longe dos valores registados em países como a Alemanha, Bélgica ou Reino Unido, “reflexo da abertura de fronteiras em toda a Europa”. Relativamente a esta variante, o grande aumento deu-se de fevereiro para março: “É cedo para estimativas mas número em abril é capaz de rondar os 2%”, notou.

Apesar de tudo isto, João Paulo Gomes sublinhou que a “situação das principais variantes de preocupação não é impeditiva da continuação do plano de desconfinamento”. Segundo o especialista, estas mutações são normais e as vacinas têm produzido efeito.

A sequência genética para estes estudos é feita através de amostras positivas enviadas ao INSA, que são estudadas em conjunto com a academia. De acordo com o cientista, em abril estarão cerca de 1.800 vírus sequenciados, provenientes de 18 distritos e mais de 170 concelhos.

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