Restaurantes abrem, mas ainda há regras a cumprir
Distanciamento entre as mesas e cadeiras, o uso de máscara fora dos momentos de consumo e a higienização das mãos à entrada e saída dos estabelecimento são regras que continuam a ter de ser cumpridas.
A partir deste sábado, o setor da restauração regressam praticamente à normalidade. Os clientes podem permanecer nos estabelecimentos até às 22h30, seja durante a semana ou aos fins de semana e feriados. Além do mais, o Governo anunciou também que passa a ser permitida a presença de grupos de dez pessoas nas esplanadas, número que baixa para as seis se estiverem em espaços interiores.
“Esta medida dará um novo alento e esperança a estes setores, enormemente impactados pela pandemia”, reagiu a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) em comunicado enviado às redações. Congratulando-se com a decisão do Governo, a AHRESP apelou “a todos os empresários e clientes que continuem a ser escrupulosos no cumprimento das regras e boas práticas ao nível das medidas de proteção e combate à pandemia”. “Na atual situação, a irresponsabilidade de poucos pode prejudicar o bem de todos”, acrescentou a associação.
Apesar de a palavra de ordem ser, neste momento, “reabertura”, há que ter em conta que há várias regras que se mantêm dentro dos cafés, restaurantes e pastelarias. O Guia de Boas Práticas da AHRESP, concebido em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e que foi atualizado no início deste mês, oferece um conjunto de recomendações que devem continuar a ser seguidas. Isto porque, tal como esclarece o comunicado do Conselho de Ministro, “regras de segurança e de distanciamento” que estão em vigor “nos estabelecimentos ou locais abertos ao público” devem continuar a ser cumpridas.
A garantia de uma distância mínima entre as mesas e cadeiras é algo que vai continuar a acontecer a partir deste fim de semana. As regras ditam que, neste momento, as cadeiras e mesas devem estar dispostas de forma a garantir que as pessoas estão, pelo menos, a dois metros umas das outras, tanto nos espaços interiores como exteriores.
A mesma distância deverá existir nos corredores entre mesas dentro dos estabelecimentos, podendo ser menor (1,5 metros) nas esplanadas. Mas, regra geral, os dois metros são a distância a que as pessoas devem sempre tentar manter de outras pessoas quando frequentam estabelecimentos desta natureza.
Outra das medidas que continua a vigorar diz respeito à utilização de máscara. Neste momento, é obrigatório o uso de máscara no interior dos estabelecimentos, quando em circulação, algo que é válido tanto para clientes, como para trabalhadores. Algo que também deve acontecer quando os consumidores estão sentados à mesa, a não ser que estejam a comer ou a beber. “Diria que, se tivéssemos que fazer uma aposta, há 99,99999% de probabilidade de que a obrigatoriedade do uso de máscara se prolongue até atingirmos o grau de imunidade de grupo, no verão”, disse António Costa, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros desta quinta-feira.
O primeiro-ministro esclareceu ainda que continuará também a existir uma proibição de existência de “serviço de bebidas alcoólicas fora das refeições”, nos “restaurantes e estabelecimentos similares”. Isto de forma a “não transformar esses estabelecimentos em bares” que, como relembra, é uma “atividade que se mantém encerrada neste momento”.
A higienização das mãos, seja com água e sabão ou álcool-gel, à entrada e saída dos estabelecimentos é algo que terá de continuar a acontecer. Já os colaboradores destes espaços terão também de continuar a cumprir as medidas de higiene das mãos, de forma a diminuir as possibilidades de propagação da doença. Para que tudo isto seja possível, os restaurantes deverão continuar, assim, a disponibilizar o desinfetante de mãos nos acessos ao estabelecimento.
Uma desinfeção frequente dos espaços e das superfícies, nomeadamente dos de maior risco de transmissão, terá também de continuar a acontecer. É o que acontece, por exemplo, com os terminais de pagamento automático, as ementas individuais, as mesas e as cadeiras, que têm sempre de ser desinfetadas após cada utilização. Os clientes devem ainda evitar pagar as suas refeições em dinheiro, efetuando a transação, preferencialmente, através de métodos contactless.
Restaurantes, cafés e pastelarias devem ainda promover, sempre que possível, uma boa ventilação dos espaços. O Guia de Boas Práticas recomenda que tal seja feito através da abertura de portas ou janelas. Mas se não for possível, o recurso a sistemas de ventilação ou de ar condicionado podem ser também uma boa solução.
Colaboradores e clientes deverão, ainda, cumprir sempre as medidas de etiqueta respiratória definidas pela DGS. Nomeadamente, quando sem máscara, devem tossir ou espirrar para um lenço de papel ou para o braço, de forma a cobrir o nariz e a boca e a evitar uma propagação de gotículas.
O ECO contactou a AHRESP para saber se haveria alguma alteração prevista às regras, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.
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