Financiamento especializado caiu 11,7% no 1º trimestre para 8 mil milhões
O financiamento especializado caiu 11,7% no primeiro trimestre para 8.062 milhões de euros, face ao mesmo período de 2020, de acordo com dados da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting.
O financiamento especializado caiu 11,7% no primeiro trimestre para 8.062 milhões de euros, face ao mesmo período de 2020, segundo os dados estimados pela Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).
No primeiro trimestre, o factoring (cedência de créditos comerciais de curto prazo por parte de uma empresa a uma instituição financeira) registou quase 7,4 mil milhões de euros em créditos tomados, menos 10,8% do que em período homólogo de 2020, o que segundo a ALF acompanha “a redução da atividade empresarial” e, logo, as faturas tomadas.
Já no renting (aluguer operacional de viaturas), o valor caiu 16,6% para 143,6 milhões de euros, o que a associação representativa do setor justifica com a queda registada no mercado automóvel.
Por fim, a locação financeira (leasing mobiliário e imobiliário) terminou o trimestre com uma produção de 522,2 milhões de euros em investimentos financiados, menos 20,9%.
De acordo com a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting, apesar da redução na produção de financiamento em período de crise pandémica, estes dados indicam que as suas associadas mantêm uma “posição de relevo no apoio à economia e ao Produto Interno Bruto (PIB)”.
Desagregando os dados, o factoring doméstico caiu 13,9% para 3,3 mil milhões de euros em faturas tomadas, enquanto o confirming (serviço em que a entidade de ‘factoring’ antecipa o pagamento aos fornecedores em nome do cliente) cedeu 5,9% para 3,1 mil milhões de euros. Maior queda teve o ‘factoring internacional’, menos 15,1% para 906 milhões de euros.
No leasing, a locação financeira mobiliária caiu 18,8% para 376 milhões de euros, representando as viaturas ligeiras e pesadas 260 milhões de euros e o financiamento de equipamentos 115 milhões de euros. Já no ‘leasing imobiliário’, o valor dos investimentos financiados reduziu-se em 25,8% para 147 milhões de euros.
No renting, diz a ALF que este foi menos penalizado do que o mercado automóvel geral (em que as vendas caíram 25%), o que considera um “sinal da resiliência deste tipo de produto”.
“Para lá da produção de novos contratos de renting, a opção pelo prolongamento dos contratos existentes permitiu que o setor mantenha uma dimensão total praticamente inalterada”, refere a associação.
Citado em comunicado, o presidente da ALF, Alexandre Santos, considerou que os dados demonstram que o “financiamento especializado revelou um desempenho resiliente” tendo em conta que no primeiro trimestre deste ano houve muito mais restrições do que no mesmo período de 2020.
A Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting representa 27 entidades que atuam no mercado do financiamento especializado.
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