Pablo Iglesias retira-se da política após vitória da direita em Madrid
O candidato às eleições regionais de Madrid do partido de extrema-esquerda Unidas Podemos, Pablo Iglesias, anunciou que se retira da política, depois do mau resultado que obteve.
O candidato às eleições regionais de Madrid do partido de extrema-esquerda Unidas Podemos, Pablo Iglesias, anunciou que se retira da política, depois do mau resultado que obteve e do sucesso da direita. “Abandono todos os meus lugares, vou deixar a política no sentido da política partidária”, disse Iglesias a um grupo de ativistas do seu partido, depois de se saber o resultado das eleições regionais de Madrid.
Pablo Iglesias é o líder do Unidas Podemos e foi vice-presidente no Governo minoritário do primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez, tendo abandonado o executivo em março para concorrer às eleições regionais de Madrid que se realizaram esta terça-feira. O resultado destas eleições significa por isso um contratempo para o Partido Socialista (PSOE) de Sánchez.
A direita espanhola e a sua candidata, uma personalidade em ascensão na política espanhola, Isabel Díaz Ayuso, tiveram uma vitória esmagadora nas eleições regionais para a Assembleia da Comunidade de Madrid, alcançando quase a maioria absoluta.
O Partido Popular (PP) obteve 65 assentos, mais 35 do que tinha elegido na votação de 2019, quando estão contados 97% dos votos. Segundo os dados oficiais, o Más Madrid superou em pouco mais de 2.000 votos o Partido Socialista (PSOE) e tornou-se a força política mais votada à esquerda, ao eleger 24 deputados regionais.
Tal como o Cidadãos, que fica de fora da Assembleia, o PSOE é o grande derrotado das eleições, tendo perdido 13 deputados regionais em comparação com a última votação, tendo conquistado também 24. O Vox é a quarta força na Comunidade de Madrid, ao eleger 13 deputados regionais, mais um do que há dois anos, enquanto a coligação Unidas Podemos, com Pablo Iglésias como candidato, subiu de sete para 10 o total de assentos.
Sem maioria absoluta, Diaz Ayuso poderá necessitar do apoio do partido de extrema-direita Vox para se manter na presidência da Comunidade de Madrid, o que foi muito criticado por todos os partidos de esquerda durante a campanha eleitoral.
Apesar de, nas eleições de maio de 2019, o PSOE ter sido o mais votado, Díaz Ayuso — na altura desconhecida a nível nacional — tornou-se presidente da região de Madrid, à frente de uma coligação que formou com o Cidadãos (direita-liberal) com o apoio parlamentar do Vox. Quando, em meados de março, dissolveu o parlamento regional e pôs fim à aliança com o Cidadãos, convocando eleições antecipadas, parece ter procurado capitalizar a popularidade que esta política lhe deu entre uma parte da população de Madrid.
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