Número de casos de variantes indianas está a aumentar na União Europeia
As variantes indianas têm sido cada vez mais identificadas em outros países e há indicações de que na União Europeia está a aumentar a deteção de duas dessas estirpes, de acordo com relatório.
As variantes indianas do novo coronavírus têm sido cada vez mais identificadas em outros países e há indicações de que na União Europeia está a aumentar a deteção de duas dessas estirpes, segundo um relatório.
De acordo com o Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças, as três variantes indianas identificadas “têm perfis de mutação distintos”, que justificam uma avaliação individual, e a informação disponível sobre a sua transmissibilidade, gravidade da doença e potencial de fuga imunológica relativamente a outras variantes que também circulam no espaço europeu é ainda muito limitada.
“Ainda não é possível avaliar o impacto total destas variantes na saúde pública”, referiu o Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças, no documento divulgado esta quarta-feira.
O conhecimento insuficiente sobre estas novas variantes obriga a que as medidas para evitar a propagação da Covid-19 se mantenham, recomenda o organismo europeu.
“É necessária uma maior compreensão dos riscos relacionados com estas variantes antes que qualquer modificação das medidas atuais possa ser considerada”, referiu o Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças, no mesmo relatório.
A vacina contra o SARS-CoV-2 deve “continuar a ser uma alta prioridade para reduzir a mortalidade” e para reduzir a transmissão, como foi possível documentar em Israel e no Reino Unido.
O organismo responsável pelo controlo de doenças alerta, contudo, que a cobertura de vacinação, “em todos os países da União Europeia”, continua “em níveis baixos”, por isso aconselha prudência no relaxar das medidas para evitar a propagação do vírus, “incluindo as relacionadas com viagens”.
“É necessária uma maior caracterização destas variantes para permitir uma avaliação completa das suas potenciais implicações para a saúde pública”, salientou o Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças.
Para melhor perceber e avaliar as potenciais implicações das estirpes indianas na saúde pública, “deve ser reforçada a vigilância genómica orientada”, incluindo os casos associados a viagens, ajuntamentos ou surtos, tal como é necessário fazer a caracterização antigénica das variantes do SARS-CoV-2 e “uma vigilância geral reforçada”.
O organismo europeu recomenda os laboratórios a continuarem atentos para “detetar quaisquer desajustes” em sondas específicas de ensaio RT-PCR em comparação com os genomas dos vírus em circulação.
As três variantes do vírus analisadas foram identificadas pela primeira vez em dezembro de 2020 na Índia, país onde nas últimas oito semanas foi registado um aumento acentuado do número de casos e mortes associados à Covid-19, tal como em países vizinhos.
Esse aumento tem sido relacionado com o crescimento de vírus sequenciados destas novas estirpes.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.306.037 mortos no mundo, resultantes de mais de 158,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.994 pessoas dos 840.008 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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