Lista verde do Reino Unido é uma “vantagem temporária”, diz Secretária de Estado
Rita Marques adiantou que a Comissão Europeia deverá emitir, proximamente, uma recomendação aos Estados-membros para que reduzam as restrições à entrada de cidadãos vacinados contra a Covid-19.
O turismo nacional tem condições para competir com a redução de restrições às viagens para outros destinos, mas a vantagem que tem agora com a lista verde britânica não deverá durar. A convicção é da secretária de Estado, Rita Marques, numa entrevista à RTP no dia em que o Governo anunciou um pacote de investimento no setor com 6 mil milhões de euros.
“Portugal integra neste momento a lista verde do Reino Unido — que é um mercado importante para nós –, mas sabemos que esta é uma vantagem temporária. Muito em breve, muitos outros países, esperamos que possam integrar as várias listas verdes dos vários mercados emissores, nomeadamente do Reino Unido. Se é uma vantagem temporária, temos todas as condições para manter a competitividade que sempre nos caracterizou”, afirma a governante à RTP.
A secretária de Estado antecipa que o certificado Covid-19 possa ser uma realidade já em junho e espera que este possa dar um impulso adicional ao setor. Adiantou que a Comissão Europeia deverá emitir, proximamente, uma recomendação aos Estados-membros para que reduzam as restrições à entrada de cidadãos vacinados contra a Covid-19 (desde que com vacinadas aprovadas na Europa).
“Estamos a entrar num novo capítulo do setor do turismo e penso que grande parte dos postos de trabalho no setor do turismo podem ser recuperados até ao final do ano e no ano 2022, sendo certo que temos a estimativa de atingir em 2023 as receitas turísticas que atingimos em 2019″, defendeu Rita Marques.
Após uma perda de emprego no setor superior a 29 mil postos de trabalho, a secretária de Estado diz que já vê uma recuperação dos postos de trabalho desde que foram anunciadas medidas de desconfinamento. “A capacidade instalada foi mantida, grande parte dela, fruto dos apoios governamentais e do esforço dos empresários e dos trabalhadores” e “tem havido maior apetite de todos nós e tem havido interesse do mercado nacional e internacional no destino turístico Portugal”, acrescenta.
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