Lojistas com quebras de 25% apesar da reabertura
Apesar do fim do segundo confinamento, os lojistas ainda não veem "a luz ao fundo do túnel". Quebras homólogas desde a segunda quinzena de abril rondam os 25%, diz o presidente da ARRM.
A reabertura do país não gerou uma corrida às lojas. Desde o fim do segundo confinamento, as quebras nos negócios dos pequenos lojistas mantêm-se nos dois dígitos, assegurou ao Correio da Manhã (acesso pago) o presidente da Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR), uma organização que defende os interesses do setor.
Os dados avançados por Miguel Pina Martins indicam que, desde a segunda quinzena de abril, marcada pelo desconfinamento, as quebras rondam os 25% face ao mesmo período de 2020. Se contabilizado todo o primeiro trimestre, o recuo gira em torno dos 75%. A informação leva o responsável a declarar que os pequenos lojistas ainda não viram “a luz ao fundo do túnel”, referindo-se ao alívio do impacto económico da pandemia.
O administrador financeiro da Sonae Sierra, na conferência com analistas após a apresentação de resultados do grupo Sonae, corroborou que a realidade pré-pandemia está longe de chegar. “Os nossos centros comerciais na Europa estão a ter um desempenho forte e encorajador, em linha com o que assistimos no final do verão e início do outono do ano passado, o que reflete um regresso à normalidade”, disse Luís Mota Duarte, citado pelo Jornal de Negócios (acesso pago). “Com as pessoas em casa, há uma redução significativa da afluência e das vendas”, justificou.
A AMRR reivindica uma redução nas restrições impostas à atividade dos lojistas, entre elas um aumento da lotação: “Não faz sentido que se juntem milhares de pessoas numa festa como foi a do Sporting e que sejam permitidos pouquíssimos clientes dentro dos estabelecimentos”, defende o presidente.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Lojistas com quebras de 25% apesar da reabertura
{{ noCommentsLabel }}