Costa admite que “não correu tudo bem” na organização da Champions
Primeiro-ministro não gostou das imagens que viu no Porto durante o fim de semana com a final da Champions. O que aconteceu "não pode servir de exemplo, tem é de servir de lição", disse António Costa.
António Costa admitiu que “não correu tudo bem” com a organização da final da Liga dos Campeões no Porto, este fim de semana. “Não gostei das imagens”, atirou o primeiro-ministro em declarações aos jornalistas. “É evidente que o que ocorreu este fim de semana não pode servir de exemplo, tem é de servir de lição”, acrescentou, sem apontar falhas a ninguém.
Segundo António Costa, o que aconteceu “não correu na perfeição” pois pelo menos 2.000 adeptos ingleses, dos 12 mil que se deslocaram ao Porto e que tinham bilhete para a partida entre o Chelsea e o Manchester City ,“não respeitaram as regras da bolha” que tinha sido definida no âmbito da “operação Champions”.
“Se era perfeito que viessem 100% dos adeptos em bolha? Era”, sublinhou.
Porém, segundo explicou António Costa, “entre o momento em que o acordo foi feito e a final da Champions ainda as fronteiras estavam encerradas, Portugal não estava na lista verde do Reino Unido e não havia fluxos turísticos”.
“Então, era mais fácil que as pessoas viessem em bolha ou então não vinham”, disse. Mas “a partir do momento em que as fronteiras estão abertas, ninguém impede de viajar para o Reino Unido” e “é natural que algumas pessoas tenham vindo [a Portugal] como turistas normais e não no quadro da operação Champions”, argumentou, comentando as críticas do Presidente da República.
António Costa também disse que não gostou das imagens que viu na televisão sobre os festejos dos adeptos ingleses nas ruas do Porto ao longo do passado fim de semana, reconhecendo que não se cumpriram as regras de saúde pública em vigor no país.
“Houve situações de manifesto incumprimento” e as forças de segurança “geriram da forma tecnicamente mais adequada” a situação, apontou o primeiro-ministro.
Costa revelou que foram dadas indicações às companhias aéreas e aos hotéis para informarem os turistas sobre as regras aplicáveis, nomeadamente quanto ao uso de máscara na via pública sempre que não é possível manter distanciamento de segurança.
Também disse que não houve um tratamento diferenciado em relação aos cidadãos nacionais, dado que as forças de segurança têm atuado sempre de forma pedagógica. E frisou que, apesar dos acontecimentos no Porto, as regras de saúde pública são para continuar a serem cumpridas.
“Não é pelo facto de haver incumprimento das regras que as regras deixa de ser legítimas”, afirmou.
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