Hoje é o dia “D” para Lisboa e outros seis concelhos. Vão saber se recuam no desconfinamento
O Executivo avalia esta quarta-feira a situação epidemiológica do país. Na semana passada, Mariana Vieira da Silva deixou o alerta a sete concelhos, que corriam o risco de recuar no desconfinamento.
Esta quarta-feira, o Governo volta a reunir-se em Conselho de Ministros para avaliar a situação epidemiológica de Portugal. Apesar de a generalidade do território nacional estar já na última fase do plano de desconfinamento, Lisboa e outros seis concelhos correm o risco de recuarem ou estagnarem no desconfinamento.
Apesar de a situação pandémica do país estar bem mais controlada comparativamente com o “pico” da terceira vaga, o desconfinamento levou a uma subida do número das infeções, que está a aumentar há quatro semanas consecutivas. Não obstante, é em Lisboa e noutros seis concelhos que a situação está a suscitar as maiores preocupações.
Segundo o último boletim divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), nas últimas 24 horas foram identificados 445 casos de infeção por Covid-19, dos quais mais de metade (quase 56%) na região de Lisboa e Vale do Tejo. A subida de casos, em particular na capital, levou a ministra de Estado e da Presidência a admitir que a situação em Lisboa “é um “motivo de preocupação” e que obriga a um reforço das medidas de testagem neste concelho.
Ao mesmo tempo, na última reunião de Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva avisou também que há um conjunto de outros seis concelhos que deveriam estar em especial alerta, uma vez que tiveram uma taxa de incidência da Covid-19 superior a 120 casos por 100 mil habitantes.
Assim, caso este desempenho volte a suceder pela segunda avaliação consecutiva, estes municípios serão mesmo obrigados a recuar no plano de desconfinamento, já que todos eles estão na quarta fase.
São eles:
- Chamusca
- Lisboa
- Salvaterra
- Tavira
- Vale de Cambra
- Vila do Bispo
- Vila Nova de Paiva
Assim, na lista de concelhos de risco, “entram em alerta quatro concelhos, continuam em alerta três concelhos e saem de alerta seis concelhos”, resumiu a ministra de Estado e da Presidência. Nesse sentido, esta quarta-feira é o dia “D” para estes sete concelhos, que saberão se nesta segunda avaliação continuam na última fase de desconfinamento ou se recuam. Se até ao final do mês passado esta avaliação era quinzenal, no final de abril o primeiro-ministro anunciou que a avaliação de cada concelho passa agora a ser semanal.
Em foco estarão também Arganil, Golegã, Montalegre e Odemira, uma vez que Arganil recuou para a fase de 5 de abril (segunda fase do plano), ao passo que a Golgã recuou para a fase de 19 de abril (terceira fase do plano). Ao mesmo tempo, Montalegre e Odemira não conseguiram melhorar a situação epidemiológica, tendo ficado a marcar passo na fase e 19 de abril.
Além disso, neste Conselho de Ministros poderão ser conhecidas mais pistas sobre como se irá processar o plano de desconfinamento, tendo em conta uma maior percentagem da população vacinada. Na última reunião do Infarmed, os peritos apresentaram uma proposta, que tinha sido pedida pela Executivo, seguindo nestas variáveis.
Os especialistas sugeriram três novos níveis de desconfinamento com regras a aplicar a partir de junho, com especial foco na ventilação dos espaços interiores, privilegiando a promoção de eventos ao ar livre, bem como a manutenção de regras de contenção habituais, como o uso de máscara e o distanciamento físico. Além disso, o plano apontava ainda para algumas medidas diferentes em função do setor de atividade.
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