Escassez de chips deve durar pelo menos até 2022, alerta um dos maiores fabricantes mundiais
Um dos maiores fabricantes de chips do mundo, a Flex, alerta que a escassez destes componentes deverá prolongar-se até final de 2022, ou mesmo até 2023.
A escassez de chips é um problema que tem vindo a afetar os setores automóvel e tecnológico, e parece que está para durar. A Flex, o terceiro maior fabricante destes componentes do mundo, junta-se, assim, a tantos outros que alertam para a duração desta situação. Citada pelo Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês), a empresa avisa que o problema poderá estender-se até meados de 2022.
É uma das previsões mais pessimistas até ao momento. “Devido à forte procura, apontamos para meados do final de 2022, dependendo do tipo de produto. Algumas pessoas esperam isso. Até 2023”, disse Lynn Torrel, diretora-executiva de compras da Flex, citada pelo FT.
Os fabricantes de chips em todo o mundo estão sobrecarregados com o aumento da procura, numa altura em que se deu uma rápida recuperação das vendas de veículos, juntamente com o aumento das compras de consolas de jogos, computadores, televisões, etc.
O CEO da Flex, Revathi Advaithi, diz que a turbulência causada pela pandemia fez com que os clientes multinacionais considerassem a reestruturação das suas cadeias de fornecimento. “A maioria das empresas não vai decidir sobre a regionalização apenas com base nas tarifas”, notou.
À medida que o mundo recupera da pandemia, Lynn Torrel diz que a situação pode melhorar se a vacinação mudar os gastos dos consumidores e permitir que se reduzam os gastos com componentes eletrónicos. Mas também alertou que problemas menores podem ter um impacto significativo nas cadeias de fornecimento que já estão sob pressão.
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