Economia estabiliza na segunda semana de junho. Volta a crescer face a 2019
A economia portuguesa estabilizou na segunda semana de junho face à semana anterior. Em relação à taxa bienal, esta voltou a ser positiva após um curto período em que foi negativa.
O indicador diário de atividade económica (DEI) do Banco de Portugal mostra que o crescimento da economia portuguesa estabilizou na segunda semana de junho, face à semana anterior, numa altura em que os dados de 2021 já começam a comparar com períodos de maior desconfinamento em 2020. Após um curto período em que ficou abaixo da média dos últimos dois anos, o DEI volta a registar crescimentos nessa ótica.
“Na semana terminada a 13 de junho, o indicador diário de atividade económica (DEI) apresentou uma estabilização face à semana anterior”, revela o Banco de Portugal esta quinta-feira, notando que “a taxa bienal correspondente registou um aumento no mesmo período”.
Apesar de ter estabilizado face à primeira semana de junho, o indicador de alta frequência do Banco de Portugal mostra que a economia portuguesa continua a beneficiar do processo de desconfinamento e da baixa base de comparação de 2020, ainda que cada vez menos. Este abrandamento poderá ser explicado por uma base mais alta de comparação em 2020 dado que o país também estava a desconfinar por esta altura no ano passado.
Apesar de diário, o DEI é apenas publicado à quinta-feira, com dados até ao domingo anterior. Com efeito, a 30 de maio, o último dia para o qual foi apurado o DEI, o crescimento homólogo do indicador foi de 17,4%. Quanto à média móvel semanal, o último valor é o de 10 de junho: uma subida homóloga de 17,9%.
Neste momento, na comparação com a média dos últimos dois anos (2019 e 2020), o valor voltou a subir para lá dos zero, após um curto período com valores negativos. A média móvel semanal do DEI acumulado de dois anos a 10 de junho foi de 0,4%.
Estes dados do segundo trimestre contrastam com as variações registadas no primeiro trimestre de 2021 — muito condicionado pelo segundo confinamento — em que o PIB contraiu 5,4% face ao mesmo período do ano passado, o qual já tinha sido afetado ligeiramente pela pandemia. Em cadeia, ou seja, face ao quarto trimestre de 2020, a queda do PIB foi de 3,3%.
As previsões existentes para o segundo trimestre apontam para crescimentos expressivos: no caso do ISEG, a variação em termos homólogos pode ficar entre os 14,5% e os 15,5% e, no caso da Comissão Europeia, aponta para os 13,5%. Esta quinta-feira o Banco de Portugal reviu em alta o crescimento anual do PIB de 3,9% para os 4,8%, antecipando que a expansão económica do segundo trimestre seja suficiente para mais do que compensar a contração do primeiro trimestre.
A próxima divulgação do DEI está marcada para 24 de junho, sendo relativa à terceira semana de junho.
(Notícia atualizada às 12h25 com mais informação)
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