Unilabs e DevScope desenvolvem ferramenta de IA de apoio ao diagnóstico clínico

  • Lusa
  • 18 Junho 2021

Trata-se do primeiro algoritmo de inteligência artificial de apoio ao diagnóstico por imagem feito em Portugal com uma empresa de tecnologia portuguesa que é a DevScope.

A Unilabs, em parceria com a tecnológica portuguesa DevScope, desenvolveu uma ferramenta de inteligência artificial de apoio ao diagnóstico clínico, o “primeiro algoritmo” do género feito em Portugal, disse à Lusa o presidente executivo, Luís Menezes.

“É uma ferramenta de apoio ao diagnóstico clínico, o médico é sempre o decisor final”, disse o presidente da Unilabs, salientando que começou a ser desenvolvida com a tecnológica do Porto DevScope “há um ano e meio” e entrou em período de testes em março.

“Neste momento já está em período de testes reais, os médicos hoje na Unilabs veem as lâminas já com o suporte desta ferramenta para apoiar a sua decisão final”, prosseguiu.

Trata-se do “primeiro algoritmo de inteligência artificial de apoio ao diagnóstico por imagem feito em Portugal com uma empresa de tecnologia portuguesa que é a DevScope”, sublinhou o presidente executivo da Unilabs.

A plataforma de inteligência artificial (IA) está em teste piloto na Unilabs desde março, 24 horas por dia, e, neste período, apenas no que respeita à deteção da bactéria helicobacter pylori [que pode ser encontrada no estômago], foram processadas, revistas e classificadas mais de 2.000 amostras.

“Quando o patologista recebe a imagem” esta já vem com zonas que aparentemente podem ou não ter o que se está a procurar, incluindo “uma sugestão do nível de infiltração da helicobacter pylori”, o que quer dizer “que o médico consegue ir diretamente aos locais que têm a patologia”, o que permite “ter resultados com maior rapidez e reduz a possibilidade de erro médico”, explicou.

“Estas ferramentas de inteligência artificial de apoio ao diagnóstico são essenciais para ajudar os médicos a poder encontrar os resultados ainda com mais qualidade”, salientou.

O objetivo é, depois dos testes, comercializar esta ferramenta e exportá-la para outros mercados. “O objetivo agora é fechar o período de testes, terminar os ‘papers’ científicos que temos para fazer, aprovar este algoritmo como dispositivo médico – vai ser a primeira vez que alguém em Portugal faz isto – e depois, além de ser utilizado dentro da Unilabs, é algo que nós queremos que possa ser utilizado e comprado por quem quiser no mundo inteiro“, afirmou.

“Estes algoritmos de apoio ao diagnóstico democratizam o acesso à medicina“, acrescentou.

Por sua vez, Rui Barbosa, presidente executivo da DevScope, salientou que a IA é uma “ferramenta capaz de fornecer inúmeros benefícios e acelerar a transformação” na área da saúde.

“Uma maior precisão nos diagnóstico, uma otimização no que diz respeito ao armazenamento de dados e o seu processamento [transformar dados em informação], pega numa ampla base de dados de diagnósticos anteriores, aprende e depois permite transformar em ‘software’ tudo o que tem a ver melhor melhoria dos recursos, do tratamento de patologias”, salientou o responsável.

A inteligência artificial “é um ramo da ciência de ‘software’ e computação que simula a capacidade humana de raciocinar, de ver, tomar decisões e resolver problemas e aí permite otimizar os processos”, sendo que no setor da saúde “fornece inúmeros benefícios”, acrescentou Rui Barbosa.

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