É preciso evitar medidas com impactos económicos “muito pesados”, diz Temido
Temido não descarta um novo confinamento, referindo que nesta fase as “medidas não farmacológicas" podem "ainda ser necessárias”. Contudo, apela à contenção para serem evitadas medidas mais duras.
A ministra da Saúde admite que Portugal está “em contraciclo” com a generalidade dos países europeus, dada o “elevado” índice de transmissibilidade da doença e de novos casos por Covid-19. Questionada pelos jornalistas sobre a possibilidade de um novo confinamento, Marta Temido não descarta essa hipótese referindo que nesta fase as “medidas não farmacológicas” podem “ainda ser necessárias”. Além disso, apela à contenção dos portugueses, por forma a evitar “o mais possível” medidas que tenham ” impactos económicos e sociais muito pesados”.
“Neste momento, o que sabemos é que estamos com um risco de transmissão efetivo de 1,19, elevado e um número de novos casos também elevado”, assinalou Marta Temido à margem do evento de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Associação Nacional de Farmácias (ANF) em declarações transmitidas pela RTP3.
Neste contexto, a ministra da Saúde sublinha que Portugal está em “em contraciclo” com a generalidade dos países europeus e “em linha” com o Reino Unido, reiterando que “as linhas dos mapas de referência são indicadores” que “levam a travar ou a acelerar e a tomar medidas em função daquilo que é a concreta situação”.
Assim, a governante aponta que dada a evolução da situação epidemiológica do país, o Governo vai continuar a “avaliar a situação”, com base em três prioridades: continuar “a acelerar a vacinação”, “garantir o acesso a testes”, e que estes sejam “efetivamente utilizados pelas pessoas”, bem como apostar em “algumas medidas de contenção do risco de transmissão sejam utilizadas”.
Questionada pelos jornalistas sobre a possibilidade de um novo confinamento, Marta Temido não descarta essa hipótese, referindo que “nesta fase de transição” “as medidas não farmacológicas” podem “ainda ser necessárias”. Não obstante, a ministra apela ao “apoio de todos, por forma a evitar “o mais possível” medidas que tenham “impactos económicos e sociais muito pesados”.
Entre os dois fatores apontados pela governante para o aumento de casos em Portugal está o surgimento da variante Delta, que se estima que “passe a ser dominante não só na generalidade do território português, mas também noutros países”, bem como o facto de Portugal estar numa fase mais avançada do confinamento do que outros países.
Por fim, Marta Temido assinalou que a variante Delta já é predominante na região de Lisboa e Vale do Tejo, que está a ser a mais afetada pela pandemia, pelo que sinaliza que se está a “tentar” que outras regiões do país “estejam mais protegidas pela vacinação. “O objetivo neste momento é ganhar tempo para mais pessoas estarem vacinadas”, defende a ministra e avisando que são necessárias “duas doses” e “sete dias” para as pessoas estarem protegidas.
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