Reino Unido inclui Madeira na “lista verde”
Pouco tempo depois de ter retirado Portugal da "lista verde" para as viagens, o Governo britânico decidiu considerar a Madeira como um destino seguro.
O Reino Unido decidiu incluir a Madeira na sua “lista verde”, o que significa que os britânicos podem viajar para o arquipélago português sem precisarem de fazer quarentena no regresso a casa. O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo responsável pela pasta dos Transportes, Grant Shapps, depois de o Governo ter sido pressionado pelo setor turístico a adicionar mais países à “lista verde”.
“Vamos adicionar Malta à ‘lista verde’. Vamos também acrescentar a Madeira, as Ilhas Baleares, vários outros territórios britânicos ultramarinos e as Caraíbas à ‘lista verde'”, anunciou Shapps, no Twitter.
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Além disso, o governante avançou que o Executivo espera permitir em breve que os residentes do Reino Unidos que já tenham a vacinação completa possam viajar entre países na “lista âmbar” sem que tenham de cumprir um período de quarentena no regresso. “Vamos divulgar mais detalhes no próximo mês”, escreveu o secretário de Estado dos Transportes britânico, no Twitter. De notar que Portugal está nessa “lista âmbar”, o que significa que, em breve, alguns turistas britânicos poderão voltar a viajar até terras lusitanas sem restrições.
No início de maio, o Governo de Boris Johnson incluiu Portugal na “lista verde”, permitindo a vinda de turistas britânicos para território nacional a partir de 17 de maio. Contudo, no início de junho, o Reino Unido mudou de ideias e retirou Portugal dos corredores aéreos, obrigando milhares de britânicos a ficarem dez dias de quarentena ao chegarem a casa a partir de 8 de junho.
Se no primeiro anúncio as reservas dos britânicos para cá dispararam na casa dos 500%, no segundo anúncio choveram cancelamentos, com o turismo nacional preocupado em colmatar a falta destes turistas. Agora, com esta inclusão da Madeira na “lista verde”, espera-se que as reservas para o arquipélago disparem, uma vez que, juntamente com o Algarve, é dos destinos mais procurados por aqueles turistas.
A “lista verde” do Reino Unido conta atualmente com 11 países e territórios: Austrália, Brunei, ilhas Malvinas, ilhas Faroé, Gibraltar, Islândia, Israel e Jerusalém, Nova Zelândia, Singapura, ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha. Há ainda a “lista âmbar”, onde se encontra Portugal, e a “lista vermelha”.
Esta quinta-feira, a Irlanda do Norte também acrescentou 16 países e territórios à sua “lista verde”, incluindo a Madeira, de acordo com o jornal The Independent (conteúdo em inglês). A partir das 4h de 30 de junho, os irlandeses podem viajar para o arquipélago português sem precisarem de fazer quarentena no regresso à Irlanda do Norte.
Em reação, o governo madeirense considerou que o anúncio da reentrada da região na ‘lista verde’ do Reino Unido é “uma decisão justa”, que resulta de uma “luta árdua” de divulgação da segurança deste destino turístico. “É um ato da mais elementar justiça” e uma “grande vitória” para a região”, afirmou o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, numa nota citada pela Lusa.
O responsável reiterou, contudo, o apelo para que os madeirenses “continuem a cumprir escrupulosamente com as normas sanitárias e as regras anunciadas”, sustentando que tal é “crucial para que a Madeira continue a apresentar uma situação controlada” da pandemia de Covid-19. “Só assim a região será atrativa para os turistas que privilegiam, nas suas procuras no mercado turístico, um destino seguro”, afirmou.
De acordo com os dados da Direção Regional de Saúde, a Madeira registou três novos casos de infeção por covid-19 e mais oito recuperados nas últimas 24 horas, existindo 67 situações ativas e cinco doentes internados no Hospital Sr. Nélio Mendonça, no Funchal.
Já a situação epidemiológica no Reino Unido é preocupante, devido ao aumento de casos derivados da variante Delta, que o Governo britânico já disse ser 60% mais transmissível. Consequência disso, Boris Johnson decidiu adiar para 19 de julho a próxima fase do desconfinamento no país, que estava marcada para 21 de junho. “Considero que é sensato esperar mais um pouco”, disse o primeiro-ministro, a 14 de junho.
(Notícia atualizada às 21h31 com mais informação)
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