Operadores turísticos criticam quarentena de Portugal ao Reino Unido
Portugal implementou a obrigação de quarentena para quem vem do Reino Unido. Os operadores turísticos consideram que esta medida vem desincentivar ainda mais o turismo.
Os operadores turísticos britânicos criticaram a quarentena anunciada por Portugal para os viajantes do Reino Unido por desincentivar ainda mais o turismo, mesmo isentando as pessoas com vacinação completa.
“Com Portugal continental na lista amarela, o que significa auto-isolamento em casa no Reino Unido no regresso de uma visita ao país, o que muitos aceitariam se pudessem trabalhar a partir de casa ou fossem reformados, duvidamos que muitos britânicos (exceto talvez aqueles com uma segunda casa em Portugal) queiram agora visitar” Portugal, comentou Noel Josephides, diretor da Associação de Agências de Viagens Independentes (AITO).
Este agente de viagens critica ainda a “confusão e a incerteza” que rodeiam as regras anunciadas no domingo à noite pelo Governo português, nomeadamente se os menores de 18 anos estão sujeitos ou isentos desta medida. “Se os pais estiverem em quarentena, o que vai acontecer com as crianças?”, questiona.
A Associação de Viagens do Reino Unido (ABTA) lamenta o que considera ser “mais uma restrição às viagens internacionais” e aconselha os britânicos que não estejam vacinados e tenham viagens iminentes a contactar o respetivo operador turístico.
O Governo português publicou na noite passada um despacho determinando “um período de isolamento profilático de 14 dias, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde” para pessoas que cheguem do Reino Unido. De foram ficam as regiões autónomas dos Açores e Madeira.
Os passageiros provenientes do Reino Unido poderão, contudo, ficar dispensados de confinamento se munidos de comprovativo de vacinação realizada nesse país, e que ateste o esquema vacinal completo do respetivo titular, há pelo menos 14 dias, com uma vacina contra a Covid-19.
Além do Reino Unido, nesta mesma lista “vermelha” encontram-se África do Sul, Brasil, Índia e Nepal.
A variante Delta, que está presente no Reino Unido, é o maior motivo de preocupação. As autoridades de saúde portuguesas estimam que a variante Delta do coronavírus seja atualmente responsável por mais de 70% dos casos de infeção em Lisboa e Vale do Tejo e que já seja a predominante em Portugal.
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