Governo revela medidas para o fim das moratórias até “meio de julho”
"Aquilo que espero é que nas próximas semanas, o ideal é antes do meio de mês de julho, podermos dar aos bancos e às empresas o quadro claro" para o fim das moratórias, disse Siza Vieira.
O ministro Siza Vieira conta anunciar as medidas de apoio às empresas após o fim das moratórias bancárias idealmente até “meio de julho”. “Aquilo que espero é que nas próximas semanas, o ideal é antes do meio de mês de julho, podermos dar aos bancos e às empresas o quadro claro” para o término das moratórias, revelou o ministro da Economia esta quinta-feira na conferência “Portugal que Faz”, organizada pelo Novo Banco e transmitida pela TSF.
Siza Vieira já tinha tido oportunidade de desvendar que os apoios estão a ser trabalhados, e voltou a deixar essas soluções. Em cima da mesa está a possibilidade de o Estado conceder garantias públicas sobre uma parte do crédito em moratória das empresas dos setores mais vulneráveis, mas com a condição de o banco aceitar reestruturar o empréstimo. Esta medida visa “facilitar o esforço que os bancos vão ter de fazer”, notou o ministro.
O governante lembrou ainda que Portugal reservou, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, 1.300 milhões de euros para capitalizar as empresas, sendo que uma parte deste dinheiro será orientada para “empresas que tenham já alguma dimensão, que possam ter alguma importância estratégica, que estão especialmente orientadas para as exportações, porque contribuem muito para as compras nacionais”.
Para Siza Vieira, Portugal tem condições de “ultrapassar bem” o fim das moratórias. “A maior parte das empresas não vai ter dificuldade e o apoio que possamos dar a estes esforços de refinanciamento e reestruturação às empresas viáveis dos setores mais afetados vai ajudar a ultrapassar melhor estas circunstâncias”, afirmou.
De acordo com os últimos dados do Banco de Portugal, os setores mais vulneráveis tinham em maio 24,1 mil empresas abrangidas por moratórias, com montante de empréstimos com pagamento suspenso a ascender a 8,5 mil milhões de euros.
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