Moody’s: Bazuca é “oportunidade considerável” para países mais endividados baixarem dívidas públicas
Agência Moody's sublinha importância de governos voltarem à trajetória de redução do peso da dívida após a pandemia. E destaca importância da bazuca europeia no reforço do crescimento económico.
A pandemia vai continuar a pressionar o endividamento dos países da Zona Euro este ano, mas a Moody’s considera que o baixo custo da dívida retira pressão sobre os governos. Ainda assim, a agência frisa a importância que voltar a uma trajetória de redução. E diz que a bazuca europeia oferece “oportunidade considerável” sobretudo para os países mais endividados.
“Apesar da recuperação económica, défices primários ainda elevados aumentarão a dívida para cerca de dois terços dos países pertencentes à área do euro em 2021”, aponta a Moody’s num relatório publicado esta sexta-feira.
Para a agência de rating, o baixo custo da dívida pública vai conter um aumento da dívida, “mas não será suficiente para reduzi-la”.
Nessa medida, um crescimento mais forte da economia poderá ter um “papel poderoso” na redução dos níveis de endividamento, sendo que os países com as maiores dívidas poderão tirar maior partido desta evolução se estiverem perante um crescimento sustentado ao longo do prazo.
A Moody’s destaca aqui o impacto que o financiamento da Next Generation EU poderá ter no futuro destas economias. “Oferece uma oportunidade considerável a este respeito [de redução do peso da dívida através do crescimento económico], aumentando o investimento público e promovendo reformas económicas estruturais”, aponta a agência de rating.
Ainda assim, os governos vão ter de lidar com exigências cada vez mais crescentes com os gastos públicos, nomeadamente devido a pressões sociais e ao envelhecimento da população. Estes fatores de pressão vão desafiar os esforços para os países voltarem aos indicadores orçamentais que tinham antes da pandemia, refere a Moody’s.
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