S&P 500 desce após sete sessões a quebrar recordes

O S&P 500 esteve a bater recordes sete dias seguidos até sexta-feira, o maior ciclo de máximos desde junho de 1997. Depois do feriado, desceu esta terça-feira.

O Dow Jones e o S&P 500 deslizaram esta terça-feira com os investidores a venderem as suas posições para retirar lucros em alguns setores mais cíclicos, de acordo com a Reuters, enquanto o Nasdaq subiu para mais um recorde.

O Dow Jones desceu 0,6% para os 34.577,37 pontos e o S&P 500 — que esteve a bater recordes sete dias seguidos até sexta-feira, o maior ciclo de máximos desde junho de 1997 — desvalorizou 0,2% para os 4.343,54 pontos. Já o Nasdaq valorizou 0,17% para os 14.663,64 pontos. Na semana passada, os três índices fecharam mais um trimestre com ganhos, acumulando cinco trimestres consecutivos de valorização.

Em Wall Street, as cotadas do setor da banca desceram num dia em que as obrigações norte-americanas valorizaram, levando a uma queda da yield (taxa de juro) a 10 anos para o valor mais baixo desde 24 de fevereiro. Esta descida dos juros soberanos reflete a perspetiva de que o melhor do crescimento económico pós-pandemia possa já estar no passado.

Os investidores regressaram de um fim de semana prolongado e o foco desviou-se logo para a China. As autoridades chinesas proibiram a distribuição da app da empresa chinesa Didi (semelhante à Uber ou Bolt), dias depois de esta se ter estreado na bolsa de Nova Iorque, levando à queda abrupta das ações. No final da sessão, as ações fecharam com uma queda de 19,52% para os 12,49 dólares.

Outra das notícias que influenciou a negociação bolsista foi a decisão do Departamento da Defesa norte-americano de cancelar um contrato de 10 mil milhões de euros com a Microsoft. Em alternativa, abriu um novo concurso solicitando propostas tanto da Amazon como da Microsoft. As ações da Amazon subiram 4,7% e os títulos da Microsoft estabilizaram.

Neste momento, os investidores aguardam por pistas das minutas da última reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana sobre a desaceleração do quantitative easing. O receio é que a subida da inflação e o sobreaquecimento da economia leve a uma retirada dos estímulos mais precoce do que o esperado anteriormente.

Além disso, há outro evento importante à porta: a época de resultados do segundo trimestre vai arrancar na próxima semana com os grandes bancos norte-americanos.

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