CMVM condena Salgado a coima de 2 milhões por venda de dívida do GES

Salgado e outros quatro ex-administradores executivos do BES foram condenados pelo regulador dos mercados ao pagamento de coimas de 3,55 milhões de euros. Ricciardi foi absolvido.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) condenou o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, e outros quatro ex-administradores executivos ao pagamento de coimas de 3,55 milhões de euros por responsabilidades na venda de papel comercial da ESI e da Rio Forte (do empresas do GES) nos balcões do banco que colapsou em 2014, avançou o jornal Público (acesso livre) e confirmou o ECO junto de dois visados.

Ricardo Salgado foi condenado ao pagamento de dois milhões de euros, tendo o regulador dos mercados condenado ainda outros ex-executivos do banco: José Manuel Espírito Santo (750 mil euros), Amílcar Morais Pires (400 mil euros), Joaquim Goes (300 mil euros) e Rui Silveira (100 mil euros). Manuel Fernando Espírito Santo, na qualidade de administrador não executivo, também foi visado pela CMVM, com uma coima de 900 mil euros.

Também o BES (em liquidação) e o Haitong (antigo BESI) foram condenados com coimas de um milhão (suspensa na totalidade) e 300 mil euros (100 mil suspensos), segundo as informações recolhidas por ECO.

Por outro lado, José Maria Ricciardi foi absolvido, juntamente com os antigos administradores não executivos Pedro Amaral e Ricardo Abecassis Espírito Santo (ambos do Brasil).

No total, as condenações dos cinco antigos gestores executivos, do não executivo e do banco de investimento totalizam os 4,65 milhões de euros.

Na base desta condenação estão três processos relacionados com a falsificação de contas e prestação de informação errada aos investidores relativamente às contas da ESI, a reestruturação societária da Rio Forte e o conflito de interesses os administradores que exerciam funções tanto do lado dos emitentes (ESI e Rio Forte) como no banco que colocou os títulos.

Além das coimas a CMVM também condenou todos os ex-executivos (à exceção de Rui Silveira) à inibição de exercício de funções em qualquer sociedade financeira, incluindo bancos, fundos de investimento ou seguradoras.

Em fevereiro do ano passado, o polícia dos mercados avançou com uma acusação contra cinco administradores do BES, entre os quais Ricardo Salgado, por enganarem os investidores no aumento de capital do banco semanas antes da resolução. O processo ainda corre na CMVM.

(Notícia atualizada às 15h57)

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