Excluindo medidas Covid, défice melhora face a 2020 por causa da retoma
Segundo a UTAO, o impacto das medidas de política discricionária covid-19 "ascendeu a 2.716 milhões de euros no final do mês de maio".
O saldo orçamental excluindo as medidas para fazer face à pandemia de covid-19 melhorou 423 milhões de euros até maio deste ano face ao mesmo período do ano passado, segundo cálculos da UTAO.
De acordo com a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), referindo-se ao valor sem o impacto direto das medidas covid-19 sobre as Administrações Públicas (AP), “em maio de 2020 o valor das medidas com efeitos sobre este agregado (869 ME) era superior ao do ano em curso (446 ME)”.
“Isto significa uma recuperação em 2021 das receitas sem relação direta com as medidas covid“, salienta a unidade coordenada por Rui Nuno Baleiras no texto a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira, e que analisa a execução orçamental até maio.
Sem o efeito das medidas covid-19, a receita “apresentou um recuo de 0,2%”, ou seja, menos 60 milhões de euros, e a despesa “registou uma ligeira redução de 0,1%”, correspondente a 40 milhões de euros.
Assim, “sem o efeito direto das medidas de política covid-19, o saldo evidenciou uma deterioração homóloga de 20 ME”, releva a UTAO.
No entanto, os técnicos do parlamento ressalvam que o saldo sem as medidas afetas à pandemia é afetado por ela através de “três canais de transmissão”, que são o “efeito da pandemia na economia e sua repercussão nas contas públicas”, a “ação dos estabilizadores automáticos” e ainda o “efeito induzido pelas medidas de política covid-19”.
Segundo a UTAO, o impacto das medidas de política discricionária covid-19 “ascendeu a 2.716 ME no final do mês de maio”, repartido entre a perda de receita de 446 milhões de euros e o aumento da despesa de 2.269 milhões de euros.
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