Produção de petróleo cai, margem de refinação cresce. Vendas da Galp aceleram
Apesar de ter produzido menos petróleo, as vendas de produtos petrolíferos da Galp Energia deram um salto, em termos homólogos. Com o desconfinamento, cresceram 31%.
A Galp Energia produziu menos petróleo no segundo trimestre deste ano. Apresentou uma quebra, ainda que ligeira, devido a alguns constrangimentos provocados pela pandemia, isto num período de forte aumento de preços da matéria-prima nos mercados internacionais. A margem de refinação aumentou, assim como as vendas de produtos petrolíferos que aceleraram com o desconfinamento a ajudar.
A produção de petróleo encolheu em 3% para 114,9 milhões de barris face aos 118,6 milhões registados no segundo trimestre do ano passado. Comparativamente aos três primeiros meses do ano cresceu, com o Brasil e Angola a apresentarem o mesmo comportamento. E o mesmo aconteceu com a produção global, incluindo petróleo e gás natural.
“A produção working interest aumentou na comparação com o trimestre anterior, contudo ainda impactada por restrições operacionais e logísticas que afetam as atividades offshore“, diz a Galp Energia em comunicado enviado à CMVM.
Esta evolução na produção aconteceu num período marcado pela escalada dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Num período em que o Brent atingiu um preço médio de 69 dólares por barril, o processamento de matérias-primas disparou mais de 50% para dar resposta à crescente procura. E a margem de refinação da Galp Energia cresceu 22%.
“O desempenho da refinação beneficiou de uma ligeira recuperação do mercado internacional, embora pressionada pelos preços de petróleo mais elevados e algumas restrições operacionais”, diz a empresa.
As vendas de produtos petrolíferos aumentaram 44%, sendo que as vendas aos clientes cresceram 31%. “Os volumes de produtos petrolíferos beneficiaram do aumento da mobilidade registada durante o período e do alívio das medidas de confinamento que têm sido aplicadas na Península Ibérica”, diz a empresa. “As evoluções das vendas de gás natural refletiram sobretudo o efeito sazonal na procura”, acrescenta.
Já as “vendas de eletricidade [que cresceram 50%] foram suportadas por uma maior aquisição de clientes”, isto num período de aumento da produção de energia com base em fontes renováveis. A capacidade instalada atribuída à Galp Energia ascendeu a 692 MW, enquanto a produção tocou nos 355 GWh. “O aumento da geração de energia renovável refletiu o efeito sazonal num período de maior nível de irradiação solar”, nota a Galp Energia.
(Notícia atualizada às 7h20 com mais informação)
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