EUA alertam para doença autoimune rara com vacina da Janssen
As probabilidades de contrair o síndrome de Guillain-Barré após a vacinação são "muito baixas", segundo o regulador norte-americano.
O regulador dos medicamentos norte-americano acrescentou um alerta à bula informativa da vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, apontando que os dados sugerem que há um risco aumentado de um distúrbio neurológico raro, seis semanas após a inoculação.
A entidade classificou as probabilidades de contrair o síndrome de Guillain-Barré (GBS, na sigla em inglês) após a vacinação como sendo “muito baixas”, numa carta à empresa citada pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). Ainda assim, disse que quem recebe a vacina J&J deve procurar atendimento médico se apresentar sintomas como fraqueza ou formigueiro, dificuldade para andar ou movimentos faciais.
A farmacêutica diz estar a discutir com os reguladores os casos de GBS, sublinhando que a taxa de casos relatados desta doença nas pessoas que levaram a vacina J&J excede a taxa de background, isto é, o número de eventos esperados numa população conhecida durante um período de tempo, apenas por um pequeno grau.
Cerca de 12,8 milhões de pessoas receberam a vacina de dose única da J&J nos Estados Unidos, e existem 100 relatórios preliminares de GBS nos recipientes da vacina, segundo o regulador. Grande parte dos casos foi registada cerca de duas semanas após a vacinação e principalmente em homens, muitos dos quais com 50 anos ou mais, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças.
Este síndrome ocorre geralmente após uma infeção por um vírus, incluindo o influenza, ou bactéria, e a maioria das pessoas recupera totalmente de Guillain-Barré.
Na semana passada, os reguladores europeus recomendaram um aviso semelhante para a vacina da AstraZeneca, que é baseada numa tecnologia semelhante à vacina da Johnson & Johnson.
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