Negócios nos serviços disparam 30,5% mas continuam abaixo dos níveis pré-pandemia

Comparando com o último mês pré-pandemia, foi o setor do alojamento, restauração e similares que sentiu o maior impacto da pandemia, com uma queda na atividade de mais de 30%.

O índice de volume de negócios nos serviços disparou 30,5% em maio, face ao mesmo período do ano passado, efeito que se prende com a comparação com um período de maiores restrições. Já relativamente a maio de 2019, período pré-pandemia, este indicador recuou 11,1%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira.

A variação deste índice em maio foi inferior em 12,7 pontos percentuais (p.p.) à taxa observada no mês precedente, mas “estes aumentos acentuados refletem um efeito base, dado que a comparação incide em meses de 2020 muito afetados pela pandemia”, explica o INE. Todas as áreas dos serviços “contribuíram positivamente para a variação do índice total”.

Já fazendo a comparação com fevereiro de 2020, o último mês pré-pandemia, foi o alojamento, restauração e similares que sentiu o maior impacto da pandemia, com uma redução de atividade superior a 30%. Já os transportes e armazenagem e as atividades administrativas e dos serviços de apoio continuam a estar mais de 20% abaixo do nível de atividade antes da Covid-19.

Outras atividades, como o comércio por grosso; reparação de veículos automóveis e motociclos (exceto retalho) e as atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares também registam um volume de negócios abaixo de 2020. Apenas as atividades de informação e comunicação registaram um desempenho acima do nível de atividade pré-pandemia em abril de 2021.

Quanto ao emprego nos serviços, o índice recuou 0,9% em maio, face ao ano passado, sendo que tinha já contraído 3,4% em abril. Já o índice de remunerações efetivamente pagas subiu 10,0% em maio, mas tal foi “em larga medida influenciada pelo efeito base, pois o índice situou-se 4,3% abaixo de maio de 2019”, sinaliza o INE.

Com medidas mais relaxadas, o índice de volume de trabalho, “medido pelas horas trabalhadas e ajustado dos efeitos de calendário, cresceu 24,0% em termos homólogos”. Mas, de novo, o efeito é influenciado pela comparação, com o índice a ficar 11,3% abaixo de maio de 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Negócios nos serviços disparam 30,5% mas continuam abaixo dos níveis pré-pandemia

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião