Metade dos CEO consideram prioritário desenvolver novos negócios no pós-pandemia

A criação de novos negócios surge nas prioridades do tecido industrial. Em 2020, 34% das empresas que priorizaram o desenvolvimento empresarial não sofreram qualquer impacto financeiro com a crise.

Cinco em cada 10 CEO (52%) de vários setores consideram o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou novos modelos de negócio uma prioridade para crescer no pós-pandemia, de acordo com inquérito da McKinsey & Company.

O estudo realizado a 800 executivos de empresas de diferentes setores e regiões, revela que ter uma estratégia de desenvolvimento de negócios já provou ser uma boa oportunidade para as empresas durante os tempos da pandemia. O ano passado, 34% das empresas que priorizaram o desenvolvimento empresarial não sofreram qualquer alteração financeira em baixa, registando mesmo uma melhoria no crescimento.

Ter o apoio da liderança, apostar no talento certo, incluindo o talento digital, e ter uma visão profunda dos mercados em que se opera são aspetos essenciais, diz a McKinsey. “Para lançar e fazer crescer um novo negócio, as empresas precisam de desenvolver conscientemente novas capacidades: estruturar, liderar e obter talento – incluindo digital – para a nova empresa; compreender oportunidades de mercado e ter uma estratégia de aquisição de clientes rentável e de longo prazo”, explica Benjamim Vieira, que lidera a área de digital da McKinsey.

Embora a pandemia tenha acelerado a tendência de criação de novos negócios, o compromisso com o crescimento orgânico já se destacava e cerca de 74% das empresas que fizeram esta aposta cresceram acima da média nos seus setores. Adicionalmente, de acordo com a análise, entre o grupo de empresas que já impulsionaram o crescimento orgânico, há um pequeno grupo de companhias que mostram taxas de sucesso duas vezes mais altas do que as startups com grande potencial (24% contra 8%, respetivamente).

“A construção de novos negócios oferece uma oportunidade única para as empresas: a possibilidade de combinar a agilidade de uma startup e o potencial de crescimento rápido com os recursos e a sabedoria de uma empresa já estabelecida. E essa é uma combinação poderosa”, conclui Benjamim Vieira.

A incapacidade de se adaptar às mudanças do mercado e dos clientes, e dimensionar novos negócios, produtos ou serviços são as principais barreiras para novos negócios. Apenas dois em cada 10 novos negócios desenvolvidos na última década em grandes empresas conseguiram tornar-se projetos viáveis.

No entanto, a captação do valor do crescimento resultante do desenvolvimento de novos negócios parece ainda estar reservada a um pequeno segmento de empresas. Questionados sobre negócios viáveis, de grande escala, desenvolvidos nos últimos dez anos, os inquiridos afirmaram que 66% destes foram criados por 20% das empresas tradicionais. De acordo com a pesquisa, apenas 24% dos novos negócios criados em grandes corporações se tornam empresas viáveis de grande escala.

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