“Ter um aeroporto no Alentejo era importante para o Turismo”, diz ministra da Coesão
Ana Abrunhosa considera o aeroporto de Beja "importante", lembra que nele já foram investidos 30 milhões em fundos europeus e defende que se deveriam procurar outras funções para a infraestrutura.
“Ter um aeroporto no Alentejo era importante para várias atividades económicas, nomeadamente o turismo”, defende a ministra da Coesão em entrevista ao Dinheiro Vivo (acesso livre) e à TSF (acesso livre). Ana Abrunhosa prefere classificar a infraestrutura, na qual já foram “investidos 30 milhões de euros em fundos europeus”, de “importante”, em vez de complementar e explica que “há que adaptar e perceber que investimento” se pode “fazer para ter aquele aeroporto para pessoas e negócios”. No entanto, é clara: “Não acredito que possa substituir o de Lisboa”.
“Se fizermos bem as contas e tendo em conta o potencial de indústria aeronáutica ali em Évora, Ponte de Sor, e se em simultâneo procurássemos que aquele aeroporto tivesse outras funções, uma coisa levava à outra”, defende a ministra da Coesão, que em entrevista ao ECO, em julho do ano passado, reconheceu que é a favor de uma aposta no aeroporto de Beja, com uma ligação ferroviária a Lisboa. Uma solução que vai favorecer a coesão territorial.
Ana Abrunhosa revelou ainda que o Executivo está a trabalhar numa solução para que Setúbal possa ter acesso a mais fundos comunitários, que agora lhe são vedados por pertencer à área metropolitana de Lisboa. A ministra assume o “compromisso” de transformar Setúbal em NUTS3 e “saber se a região quer ser NUTS2, porque não é só a unidade estatística, é também política e administrativa”. “O que me parece depois de conversar com autarcas e empresários é que ninguém quer sair da Área Metropolitana de Lisboa, porque funcional, politicamente e estrategicamente é assim que devem trabalhar. Estamos a estudar outras soluções”, revela. “Por exemplo, o Oeste é uma NUTS3 que pertence à CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, mas para fins de fundos vai à região Centro”, explica, sendo possível fazer o mesmo “em relação ao Alentejo, sem perder a identidade político-administrativa – se o quisermos fazer de forma mais rápida”.
Mas seja qual for a solução há que “conversar, em primeiro lugar com a Comissão Europeia, na certeza de que é um processo demorado”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
“Ter um aeroporto no Alentejo era importante para o Turismo”, diz ministra da Coesão
{{ noCommentsLabel }}